segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Norte-americano cria lista com motivos pelos quais odiou viver no Brasil por 3 anos



É bom ler isso e ver outros olhares,  porque todos acham que está tudo uma beleza, esse país é rico, não tem (muitos) desastres naturais, guerra civil, e mesmo com tantos desvios, superfaturamento  e roubos sobrevive.
Motivos listados:
1- Os brasileiros não têm consideração com as pessoas fora do seu círculo de amizades e muitas vezes são simplesmente rudes. Por exemplo, um vizinho que toca música alta durante toda a noite… E mesmo se você vá pedir-lhe educadamente para abaixar o volume, ele diz-lhe para você “ir se fud**”. E educação básica? Um simples “desculpe-me “, quando alguém esbarra com tudo em você na rua simplesmente não existe.
2- Os brasileiros são agressivos e oportunistas, e, geralmente, à custa de outras pessoas. É como um “instinto de sobrevivência” em alta velocidade, o tempo todo. O melhor exemplo é o transporte público. Se eles vêem uma maneira de passar por você e furar a fila, eles o farão, mesmo que isso signifique quase matá-lo, e mesmo se eles não estiverem com pressa. Então, por que eles fazem isso? É só porque eles podem, porque eles vêem a oportunidade, por que eles querem ganhar vantagem em tudo. Eles sentem que precisam sempre de tomar tudo o que podem, sempre que possível, independentemente de quem é prejudicado como resultado.
3- Os brasileiros não têm respeito por seu ambiente. Eles despejam grandes cargas de lixo em qualquer lugar e em todos os lugares, e o lixo é inacreditável. As ruas são muito sujas. Os recursos naturais abundantes, como são, estão sendo desperdiçados em uma velocidade surpreendente, com pouco ou nenhum recurso.
4- Brasileiros toleram uma quantidade incrível de corrupção nos negócios e governo. Enquanto todos os governos têm funcionários corruptos, é mais comum e desenfreado no Brasil do que na maioria dos outros países, e ainda assim a população continua a reeleger as mesmas pessoas.
5- As mulheres brasileiras são excessivamente obcecadas com seus corpos e são muito críticas (e competitivas com) as outras.
6- Os brasileiros, principalmente os homens, são altamente propensos a casos extraconjugais. A menos que o homem nunca saia de casa, as chances de que ele tenha uma amante são enormes.
7- Os brasileiros são muito expressivos de suas opiniões negativas a respeito de outras pessoas, com total desrespeito sobre a possibilidade de ferir os sentimentos de alguém.
8- Brasileiros, especialmente as pessoas que realizam serviços, são geralmente malandras, preguiçosas e quase sempre atrasadas.
9- Os brasileiros têm um sistema de classes muito proeminente. Os ricos têm um senso de direito que está além do imaginável. Eles acham que as regras não se aplicam a eles, que eles estão acima do sistema, e são muito arrogantes e insensíveis, especialmente com o próximo.
10- Brasileiros constantemente interrompem o outro para poder falar. Tentar ter uma conversa é como uma competição para ser ouvido, uma competição de gritos.
11- A polícia brasileira é essencialmente inexistente quando se trata de fazer cumprir as leis para proteger a população, como fazer cumprir as leis de trânsito, encontrar e prender os ladrões, etc. Existem Leis, mas ninguém as aplica, o sistema judicial é uma piada e não há normalmente nenhum recurso para o cidadão que é roubado, enganado ou prejudicado. As pessoas vivem com medo e constroem muros em torno de suas casas ou pagam taxas elevadas para viver em comunidades fechadas.
12- Os brasileiros fazem tudo inconveniente e difícil. Nada é simplificado ou concebido com a conveniência do cliente em mente, e os brasileiros têm uma alta tolerância para níveis surpreendentes de burocracia desnecessária e redundante. Brasileiros pagam impostos altos e taxas de importação que fazem tudo, especialmente produtos para o lar, eletrônicos e carros, incrivelmente caros. E para os empresários, seguindo as regras e pagando todos os seus impostos faz com que seja quase impossível de ser rentável. Como resultado, a corrupção e subornos em empresas e governo são comuns.
14- Está quente como o inferno durante nove meses do ano, e ar condicionado nas casas não existe aqui, porque as casas não são construídas para ser herméticamente isoladas ou incluir dutos de ar.
15- A comida pode ser mais fresca, menos processada e, geralmente, mais saudável do que o alimento americano ou europeu, mas é sem graça, repetitivo e muito inconveniente. Alimentos processados, congelados ou prontos no supermercado são poucos, caros e geralmente terríveis.
16- Os brasileiros são super sociais e raramente passam algum tempo sozinho, especialmente nas refeições e fins de semana. Isso não é necessariamente uma má qualidade, mas, pessoalmente, eu odeio isso porque eu gosto do meu espaço e privacidade, mas a expectativa cultural é que você vai assistir (ou pior, convidar amigos e família) para cada refeição e você é criticado por não se comportar “normalmente” se você optar por ficar sozinho.
17- Brasileiros ficam muito perto, emocionalmente e geograficamente, de suas famílias de origem durante toda a vida. Como no #16, isso não é necessariamente uma má qualidade, mas pessoalmente eu odeio porque me deixa desconfortável e afeta meu casamento. Adultos brasileiros nunca “cortam o cordão” emocional e sua família de origem (especialmente as mães) continuam a se envolvido em suas vidas diariamente, nos problemas, decisões, atividades, etc. Como você pode imaginar, este é um item difícil para o cônjuge de outra cultura onde geralmente vivemos em famílias nucleares e temos uma dinâmica diferente com as nossas famílias de origem.
18- Eletricidade e serviços de internet são absurdamente caros e ruins.
19- A qualidade da água é questionável. Os brasileiros bebem, mas não morrem, com certeza, mas com base na total falta de aplicação de leis e a abundância de corrupção, eu não confio no governo que diz que é totalmente seguro e não vai te fazer mal a longo prazo.
20- E, finalmente, os brasileiros só tem um tipo de cerveja (aguada) e realmente é uma porcaria, e claro, cervejas importadas são extremamente caras.
21- A maioria dos motoristas de ônibus dirigem como se eles estivessem tentando quebrar o ônibus e todos dentro dele.
22- Calçadas no meu bairro são cobertos com mijo e coco de cães que latem dia e noite.
23- Engarrafamentos de Três horas e meia toda vez que chove .
24- Raramente as coisas são feitas corretamente da primeira vez. Você tem que voltar para o banco, consulado, escritório, mandar e-mail ou telefonar 2-10 vezes para as pessoas a fazerem o seu trabalho.
25- Qualidade do ar muito ruim. O ar muitas vezes cheira a plástico queimado.
26- Ir a Shoppings e restaurantes são as principais atividades. Não há nada pra fazer se você não gastar. Há um parque principal e está horrivelmente lotado.
27- O acabamento das casas é péssimo. Janelas, portas , dobradiças , tubos, energia elétrica, calçadas, são todos construídos com o menor esforço possível.
28- Árvores, postes, telefones, plantas e caixas de lixo são colocados no centro das calçadas, tornando-as intransitáveis.
29- Você paga o triplo para os produtos que vão quebrar dentro de 1-2 anos, talvez.
30- Os brasileiros amam estar bem no seu caminho. Eles não dão espaço para você passar.
31- A melhor maneira de inspirar ódio no Brasil? Educadamente recusar-se a comer alimentos oferecidos a você. Não importa o quão válida é a sua razão, este é considerado um pecado imperdoável aos olhos dos brasileiros e eles vão continuar agressivamente incomodando você para comê-lo.
32- As pessoas vão apertar e empurrar você sem pedir desculpas. No transporte público você vai tão apertado que você é incapaz de mover qualquer coisa, além da sua cabeça.
33- O Brasil é um país de 3° mundo com preços ridiculamente inflacionados para itens de qualidade. Para se ter uma ideia, São Paulo é classificada como a 10ª cidade mais cara do mundo. (New York é a 32ª).
34- A infidelidade galopante. Este não é apenas um estereótipo, tanto quanto eu gostaria que fosse. Homens na sociedade brasileira são condicionados a acreditar que eles são mais ”virís” por saírem com várias mulheres.
35- Zero respeito aos pedestres. Sim, eles não param para você passar. Na melhor das hipóteses, eles vão buzinar.
36- Quando calçadas estão em construção espera-se que você ande na rua. Alguns motoristas se recusam a fazer o menor desvio a sua presença, acelerando a poucos centímetros de você, mesmo quando a pista ao lado está livre.
37- Nem pense em dizer a alguém quando você estiver viajando para o EUA. Todo mundo vai pedir para você trazer iPods, X-Box, laptops, roupas, itens de mercearia, etc. em sua mala, porque eles são muito caros ou não disponíveis no Brasil.
38- A menos que você goste muito de futebol ou reality shows (ou seja, do Big Brother), não há nada muito o que conversar com os brasileiros em geral. Você pode aprender fluentemente Português, mas no final, a conversa fica muito limitada, muito rapidamente.
39- Tudo é construído para carros e motoristas, mesmo os carros sendo 3x o preço de qualquer outro país. Os ônibus intermunicipais de luxo são eficientes, mas o transporte público é inconveniente, caro e desconfortável para andar. Consequentemente, o tráfego em São Paulo e Rio é hoje considerado um dos piores da Terra (SP, possivelmente, o pior). Mesmo ao meio-dia podem ter engarrafamentos enormes que torna impossível você andar mesmo em um pequeno trajeto limitado, a menos que você tenha uma motocicleta.
40- Todas as cidades brasileiras (com exceção talvez do Rio e o antigo bairro do Pelourinho em Salvador), são feias, cheias de concreto, hiper-modernas e desprovidas de arquitetura, árvores ou charme. A maioria é monótona e completamente idênticas na aparência. Qualquer história colonial ou bela mansão antiga é rapidamente demolida para dar lugar a um estacionamento ou um shopping center

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Reflexão...Nada é impossível de mudar..

Será mesmo??

Recebi de um colega de trabalho esse poema, me levou a analisar algumas coisas diante do que tenho vivido e claro que as palavras são absorvidas como uma dose de um remédio, de alívio, de conforto, incentivo, coragem pra enfrentar qualquer sotuação...ao mesmo tempo reflito se será possível realmente? Muitas vezes a vida nos coloca diante de situações em que não vemos saídas, nos sentimos desmotivados, pequenos, fracos, impossibilitados de lutar, defender o que acreditamos, nos defender..

Divido com os amigos.

Nada é impossível de mudar
 
Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo.
E examinai, sobretudo, o que parece habitual.
 
Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar. (Bertold Brecht)

Sem medo de ser sozinho

A maioria das pessoas q acredita que quem não tem um par amoroso no final do ano fica triste. Na nossa cultura, há a crença de que só é possível encontrar a realização afetiva através da relação amorosa fixa e estável com uma única pessoa. A propaganda a favor é tão poderosa que a busca da “outra metade” se torna incessante e muitas vezes desesperada.
E quando surge um parceiro disposto a alimentar esse sonho, pronto: além de se inventar uma pessoa, atribuindo a ela características que geralmente não possui, se abdica facilmente de coisas importantes, imaginando que, agora, nada mais vai faltar. E o mais grave: com o tempo passa a ser fundamental continuar tendo alguém ao lado, pagando-se qualquer preço, mesmo quando predominam as frustrações. Não ter um par significaria não estar inteiro, ser incompleto, ou seja, totalmente desamparado. Mas de onde vem essa ideia?
Na fusão com a mãe no útero, experimentamos a sensação de plenitude, bruscamente interrompida com o nascimento. A partir daí, o anseio amoroso parece ser o de recuperar a harmonia perdida. A criança, então, dirige intensamente para a mãe sua busca de aconchego. No Ocidente aprendemos que, na vida adulta, somente através do convívio amoroso com outra pessoa nos sentiremos completos. Quem, além do ser amado, pode suprir nossas carências e nos tornar inteiros? Aí é que entra o amor romântico, que promete o encontro de almas e a fusão dos amantes, acenando com a possibilidade de transformar dois num só, da mesma forma que na fusão original com a mãe.
O único problema é que tudo não passa de uma ilusão. Na realidade, ninguém completa ninguém. Mas, ignorando isso, reeditamos inconscientemente com o parceiro nossas necessidades infantis. O outro se torna tão indispensável para nossa sobrevivência emocional, que a possessividade e o cerceamento da liberdade sobrecarregam a relação. Por mais encantamento e exaltação que o amor romântico cause num primeiro momento, ele se torna opressivo por se opor à nossa individualidade.
Entretanto, vivemos um período de grandes transformações no mundo e, no que diz respeito ao amor, observamos que o dilema cada vez mais se situa entre o desejo de simbiose e o desejo de liberdade, sendo que este último começa a predominar. Um sinal disso talvez seja o interesse por práticas orientais como meditação transcendental, ioga, tai chi chuan, entre outras. Enquanto tentamos nos sentir inteiros, dependendo de algo externo a nós — a relação amorosa com outra pessoa —, os orientais se voltam para dentro de si mesmos, buscando assim encontrar a sensação de estar completos.
Não é fácil deixar o hábito de formar um par. Fomos condicionados a desejá-lo, convencidos de que se trata de pré-requisito para a felicidade. Para complicar mais as coisas, há ainda os que, por equívoco ou pela própria limitação, se utilizam de argumentos psicológicos para não deixar ninguém escapar dos modelos. Para esses, maturidade emocional implica manter uma relação amorosa estável com alguém do sexo oposto. Não faltam terapeutas para reforçar esse absurdo na cabeça de seus pacientes. E o pior é que eles acreditam e sofrem bastante, se sentindo defeituosos ou no mínimo incompetentes por não terem alguém.
Contudo, a condição essencial para ficar bem sozinho é o exercício da autonomia pessoal. Isso significa, além de alcançar nova visão do amor e do sexo, se libertar da dependência amorosa exclusiva e “salvadora” de alguém. O caminho fica livre para um relacionamento mais profundo com os amigos, com crescimento da importância dos laços afetivos. É com o desenvolvimento individual que se processa a mudança interna necessária para a percepção das próprias singularidades e do prazer de estar só. E assim fica para trás a idéia básica de fusão do amor romântico, que transforma os dois numa só pessoa.
E quando se perde o medo de ser sozinho, se percebe que isso não significa necessariamente solidão.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Mensagem Natal - Grupo Zaffari

O filme de Natal do Grupo Zaffari de 2013 traz uma série de valores para inspirar todo mundo, não só na data especial, mas diariamente.

Que você saiba como aproveitar os seus dias e as pessoas que ama.
Que você consiga dizer tudo o que sente.
Que você saiba agradecer.
Que você cuide das pessoas, dos animais e das plantinhas.
Que você valorize tudo aquilo que a vida lhe dá.
Que você entenda que toda hora é hora de ajudar alguém.
Que você pratique a gentileza no seu dia a dia.
E, por fim, que você compreenda que um simples gesto pode fazer a diferença na vida do outro.

Feliz Natal!


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=zmiHEkMfpvw

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Dê um jeito no seu sonho

O que abunda não prejudica, afirma com razão o provérbio. Melhor sobrar do que faltar, repete o senso comum. Mas entre nós, brasileiras e brasileiros, quantas vezes experimentamos a abundância ou a sobra?
Somos uma gente criada, na sua maioria, na escassez e nos precisos centímetros. Aprendemos em ambientes nos quais sempre falta algum capítulo da cartilha ideal. Ora não há dinheiro, ora não há pessoal treinado, ora inexiste infraestrutura.
E de nada adianta culpar o Seu Cabral, o rei, os imperadores, os republicanos. Assim como ajuda pouco desancar políticos e eleitores. Nossa fome é mais complexa, nossos problemas mais disléxicos. Para alcançar a fartura, teremos que melhorar o fora e o dentro. O avião e o aeroporto.
Também acredito que na Finlândia, Suécia, Japão, EUA, haja cenários mais propícios para que indivíduos e equipes possam, trabalhando duro, realizar seus projetos. Por aqui, não faltam trabalho duro e nem frustrações profundas. Você já não empreendeu algo que morreu na praia?
De solavancos, derrapagens e atolamentos em estradas de terra, aproveitamos algumas lições. A principal delas é que sonhar não basta. O sonho é como um motor de arranque. O que tira você da inércia para o movimento. Mas ele sozinho não é suficiente.
Sonho transformador é aquele que se torna concreto na vigília. Então, depois do arranque, para seguir viagem até o destino, são necessários combustível, provisões, peças de reposição. Também bem-vindos GPSs, roteiros, informações.
O que nos salva da noite sem luz é que a escassez pode favorecer a criatividade. Pois o "não ter tudo" cutuca a inteligência. Faz muitos anos, tive a honra de entrevistar a cientista Johanna Döbereiner (1924-2000), então pesquisadora da Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. A doutora já estava no final de sua interessante vida.
Ela foi autora e coordenadora de pesquisas sofisticadas e inovadoras na agrobiologia. Nossa potentosa produção de soja deve muito a ela. Johanna ensinava: "Não é porque faltou um barbante ou papel alumínio que vamos paralisar um projeto."
É evidente que não estou fazendo a apologia da desgovernança ou da carência. Mas observo que ações vitoriosas são aquelas regadas pelo entusiasmo, pela persistência e por baldes cheios de soluções inventivas.

O rock sumiu das rádios?

Qual a surpresa? Por Regis Tadeu | Na Mira do Regis – 18 horas atrás

Foi com certo estardalhaço que li em diversos locais espalhados pela internet a notícia de que este anos o rock teve a pior performance em termos de presença nas paradas de músicas mais tocadas nas rádios do Brasil nos últimos 14 anos. A informação veio de um relatório feito por uma empresa chamada Crowley, baseado em dados obtidos por monitoramentos realizados desde 2000. Vi gente escrevendo tantos absurdos a favor e contra esta notícia que fiquei com vontade de dar uns pitacos.
Pra começar que esta “controvérsia”, esta “polêmica” só se instala na cabeça de quem desconhece profundamente como funciona as entranhas de uma rádio comercial. Justamente por ter dois programas de FM em uma emissora não comercial, a Rádio USP FM – quem quiser saber mais a respeitos destes programas pode clicar aqui e aqui -, sei exatamente de como a coisa toda funciona em termos de “as mais pedidas”. E vou te contar umas coisinhas aqui que vai deixar você muito, mas muito decepcionado.
Primeiro: não existe as “paradas das mais pedidas”, “as dez mais dos ouvintes” ou esse tipo de coisa. Tudo cascata. As rádios não têm plataformas e tabulações para contabilizar sugestões dos ouvintes. Se você ainda tem a ingenuidade de ligar para sua emissora favorita para “pedir música”, saiba que sua sugestão é recebida com gargalhadas contidas com as mãos do funcionário da emissora que as recebe e é alvo de escárnio assim que o telefone é desligado. Lamento, mas é isto o que ocorre de verdade.
Agora que você já sabe disto, tem que entender que a tal notícia a respeito da ausência do rock das paradas radiofônicas é apenas o resultado de algumas verdades inquestionáveis...
Segundo: quem gosta de rock não vai pedir suas músicas favoritas para emissoras que passam o tempo tocando aquilo que gravadoras e empresários vêm pagando na forma de “verba de publicidade” ou “promoções”, que é justamente o tal de “sertanejo universitário”, só para citar um exemplo musical mais em voga. Depois você tem que entender que ninguém precisa de rádio hoje em dia para ouvir música. Cada um de nós pode montar sua própria programação musical no telefone celular! É por isto que a audiência das emissoras de rádio – que tocam as mesmas coisas o tempo todo por causa das “verbas de promoção” - vem caindo ano a ano.
Diga com sinceridade: qual é a banda de rock – rock mesmo, sem o traço mais diluído do pop – que faz parte do mainstream, da grande cena musical brasileira que está também presente nas TVs, que está fora do underground dos bares e circuitos do SESC? Vá lá, eu espero você pensar um pouco... Pois é, não tem, né? Não tem mais Charlie Brown Jr., Pitty desapareceu, Skank não pode ser chamado de “rock”, Jota Quest é pop da pior qualidade, e outros grupos então onipresentes - Capital Inicial, Titãs, Linkin Park e tantos outros – estão restritos às pouquíssimas “rádios rock” existentes... Não há um único grande nome que justifique a sua presença nas ‘trocentas mil’ emissoras de rádio no Brasil.
Lamentavelmente, o processo de emburrecimento coletivo que vive o Brasil dá margem para o surgimento de barbaridades como Naldo, Anitta, Michel Teló, Paula Fernandes, Luan Santana e seus imitadores, o execrável “funk carioca” e mais um monte de outras porcarias. Isto sem contar as duplas sertanejas “dor de corno” e os pagodes xexelentos... É isto o que virou a música do Brasil nas rádios. Tudo financiado pelas “verbas de promoção”.
Então eu te pergunto: você está realmente surpreso em saber que o rock sumiu das rádios comerciais? Eu não...

domingo, 17 de novembro de 2013

Eu sei, mas não devia - Marina Colasanti

Recebi essa texto do Fernando, amigo de muitos anos que já mandou muita coisa bacana, essa   escritora Marina Colasanti, eu não conhecia e me surpreendi pela minha ignorância, vale a pena ler.. Compartilho com  todos.

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.


A gente se acostuma a morar em apartamentos de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E, porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E, porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E, porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E, à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.



A gente se acostuma a acordar de manhã sobressaltado porque está na hora. A tomar o café correndo porque está atrasado. A ler o jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíche porque não dá para almoçar. A sair do trabalho porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia.



A gente se acostuma a abrir o jornal e a ler sobre a guerra. E, aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E, aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E, não acreditando nas negociações de paz, aceita ler todo dia da guerra, dos números, da longa duração.



A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. 



A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o de que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que pagar. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagar mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com que pagar nas filas em que se cobra.



A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes. A abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema e engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.



A gente se acostuma à poluição. Às salas fechadas de ar condicionado e cheiro de cigarro. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À lenta morte dos rios. Se acostuma a não ouvir passarinho, a não ter galo de madrugada, a temer a hidrofobia dos cães, a não colher fruta no pé, a não ter sequer uma planta.



A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente molha só os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer a gente vai dormir cedo e ainda fica satisfeito porque tem sempre sono atrasado.



A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele. Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se de faca e baioneta, para poupar o peito. A gente se acostuma para poupar a vida. Que aos poucos se gasta, e que, gasta de tanto acostumar, se perde de si mesma.



(1972)



Marina Colasanti nasceu em Asmara, Etiópia, morou 11 anos na Itália e desde então vive no Brasil. Publicou vários livros de contos, crônicas, poemas e histórias infantis. Recebeu o Prêmio Jabuti com Eu sei mas não devia e também por Rota de Colisão. Dentre outros escreveu E por falar em Amor; Contos de Amor Rasgados; Aqui entre nós, Intimidade Pública, Eu Sozinha, Zooilógico, A Morada do Ser, A nova Mulher, Mulher daqui pra Frente e O leopardo é um animal delicado. Escreve, também, para revistas femininas e constantemente é convidada para cursos e palestras em todo o Brasil. É casada com o escritor e poeta Affonso Romano de Sant'Anna.


Conteúdo de propriedade da Fundação Padre Anchieta (TV Cultura).

sábado, 9 de novembro de 2013

Desespero por estar sozinha

Comentando o “Se eu fosse você''

A questão da semana é o caso de Mariana, que está desesperada por ter sido abandonada pelo marido e pela crença de que não saberá viver sozinha.
A história dela é igual a de muitas pessoas que, ao encontrar um parceiro, o transformam em única fonte de interesse. A questão é que no Ocidente somos incentivados, desde muito cedo, a acreditar que só é possível ser feliz se tivermos alguém ao nosso lado. Da mesma forma como a criança pequena se desespera com a ausência da mãe, o adulto, ao perder o objeto de amor, é invadido por uma sensação de falta e de solidão.
Além disso, quando fracassa um projeto amoroso, a pessoa perde o referencial na vida e sua autoestima fica abalada. Entretanto, se as crianças fossem ensinadas a enxergar as coisas como elas são, quando ficassem adultas saberiam que, na maior parte das vezes, as relações amorosas duram apenas um tempo, sem significar fracasso de alguma das partes.
Nem sempre o parceiro satisfaz ou preenche as necessidades afetivas e sexuais do outro, mas isso não é levado em conta. A separação é dolorosa porque impõe o rompimento com a fantasia do par amoroso idealizado, além de abalar a autoestima e exacerbar as inseguranças pessoais. A ideia de felicidade através do amor no casamento influi diretamente na intensidade da dor na separação.
A crença de que o casamento é o único meio de realização amorosa e de que é possível uma complementação total entre duas pessoas, é um equívoco extremamente nocivo. Favorece a simbiose, sobrecarregando marido e mulher como depositários das projeções e exigências afetivas do outro. Sem contar que o ressentimento e o ódio na separação são causados pela constatação de que, ao ir embora, o parceiro frustrou essa expectativa de complementação.
Tudo poderia ser bem diferente. A questão é que, em quase todos os casamentos, as pessoas abrem mão da liberdade, da independência — incluindo aí amigos e interesses pessoais — e por isso se tornam frágeis em caso de ruptura.
Alguns se desesperam durante e após a separação. Podem apresentar um quadro de profunda depressão e em casos extremos até tentar suicídio. Mas, ao contrário do que possa parecer, isso não significa necessariamente que havia um grande amor.
É comum, nesses casos, o outro nem significar tanto, mas sua falta ser sentida de forma dramática por reeditar vivências de perdas anteriores. Não se chora somente a separação daquele momento, mas também todas as situações de desamparo vividas algum dia e que ficaram inconscientes.

terça-feira, 5 de novembro de 2013

Lutar contra a velhice a todo custo é um problema emocional, não físico


Símbolo máximo de elegância, a estilista francesa Coco Chanel, uma das maiores revolucionárias da moda, já dizia no início do século passado: "A natureza lhe dá o rosto que você tem aos 20. A vida talha o rosto que você tem aos 30. Mas depende de você merecer o rosto dos 50".


A frase, porém, foi dita em uma época em que as cirurgias plásticas parceladas em 24 vezes e os tratamentos a laser nem existiam. Hoje em dia, menos conformadas e mais vaidosas, há mulheres que relutam em aceitar os sinais de envelhecimento, procurando clínicas estéticas logo que notam o aparecimento das primeiras rugas.



Que a vaidade na medida certa é saudável, não há cirurgião plástico ou dermatologista que discorde. O problema acontece quando a busca pela juventude se transforma em obsessão, colocando em risco o equilíbrio emocional, a aparência física e, principalmente, a saúde.



"Todos podem melhorar algo: preencher uma ruga, esticar uma papada, atenuar as olheiras. Porém, tudo em excesso deixa de ser natural e harmonioso", diz a médica Eliane Hwang, especialista em cirurgia plástica pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) e membro do corpo clínico do Hospital São Paulo, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).



"A cirurgia plástica bem indicada e bem executada não é aquela em que se nota que um procedimento foi realizado, e, sim, a que deixa a paciente com um aspecto saudável, natural e de proporções estéticas adequadas à idade", afirma.


Ultrapassando os limites

Mas como descobrir que a busca pela juventude está se transformando em obsessão? Há vários sinais de alerta, diz Eliane Hwang. A partir do momento em que a pessoa perde a fisionomia original, significa que os limites do aceitável foram ultrapassados.
O mesmo acontece quando a paciente deixa a vida social, familiar e profissional em segundo plano, para se dedicar a planejar uma nova cirurgia ou procedimento. Ou quando não respeita a opinião do cirurgião plástico ou do dermatologista, insistindo em procedimentos ou cirurgias não indicados pelos especialistas.


Para a cirurgiã plástica Maria Carolina Coutinho, membro da SBCP, há mulheres que estão eternamente insatisfeitas com a aparência, sempre encontrando novos defeitos.

"É aquela pessoa que traz uma foto de artista e diz que quer ter aquele nariz, aquela boca, aquela sobrancelha. E não entende, quando explicamos, que é impossível reproduzir uma característica de uma pessoa em outra, e que determinadas formas ficam harmoniosas em um rosto, mas em outro, não", afirma a cirurgiã. 

Consequência dos exageros

A insistência em realizar cirurgias ou procedimentos não recomendados pelos médicos podem trazer consequências desastrosas.  A aplicação em excesso da toxina botulínica, por exemplo, pode deixar as sobrancelhas com o formato de triângulo, dando um aspecto "diabólico" às pessoas, diz a dermatologista Denise Lage, membro da Academia Brasileira de Dermatologia. Os lábios com excesso de preenchimento ficam como se fossem um "bico de pato", segundo a especialista. O preenchimento exagerado em bochechas, por sua vez, deixam as pacientes com aspecto de excesso de peso.


"Além disso, os colegas cirurgiões plásticos estão acostumados com pedidos de implantes de silicone exagerados, que podem causar distensão inadequada da pele e sérios problemas de coluna", diz a dermatologista.

O profissional também tem sua parcela de responsabilidade ao incentivar –ou ser conivente– com os exageros. O bom cirurgião plástico é aquele que se recusa a executar um procedimento que cause deformidade ao paciente, não importando quanto deixe de ganhar de honorários, fala a cirurgiã plástica Maria Carolina Coutinho.


"O paciente não tem a conhecimento técnico para saber quando ele próprio está ultrapassando os limites do razoável. Somente o cirurgião pode prever como será o resultado do procedimento solicitado", afirma.


Motivações que levam aos excessos



Há vários fatores que levam a atitudes extremas para manter o aspecto jovem. Para Denise Lage, a busca pela eterna juventude está ligada tanto à vaidade quanto à baixa autoestima. "Muitas pacientes não querem aceitar as marcas do tempo e procuram incessantemente por exageros estéticos", diz ela. Mas também é verdade, acrescenta a dermatologista, que ao se cuidar da beleza a autoestima tende a aumentar, o que acaba ajudando nos relacionamentos pessoais.

"Tenho muitas pacientes que começaram a namorar ou progrediram na carreira depois de se cuidarem mais, já que ficaram mais bonitas e, sem dúvida alguma, mais confiantes", conta a dermatologista.
O importante, de acordo com os especialistas, é não perder a naturalidade. "É ilusão acreditar que ter sempre uma imagem de plástico e artificial torne as mulheres mais bonitas", diz a consultora de estilo e imagem Maria Julia Costa. Mas, de acordo com ela, recorrer a métodos e tratamentos estéticos para corrigir, melhorar e atenuar os sinais de idade é, sim, recomendável, desde que seja para auxiliar na saúde no bem-estar do paciente.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Quando os filhos voam...

Sei que é inevitável e bom que os filhos deixem de ser crianças e abandonem a proteção do ninho. Eu mesmo sempre os empurrei para fora.Sei que é inevitável que eles voem em todas as direções como andorinhas adoidadas.
Sei que é inevitável que eles construam seus próprios ninhos e eu fique como o ninho abandonado no alto da palmeira...

Mas, o que eu queria, mesmo, era poder fazê-los de novo dormir no meu colo...

Existem muitos jeitos de voar. Até mesmo o vôo dos filhos ocorre por etapas. O desmame, os primeiros passos, o primeiro dia na escola, a primeira dormida fora de casa, a primeira viagem...
Desde o nascimento de nossos filhos temos a oportunidade de aprender sobre esse estranho movimento de ir e vir, segurar e soltar, acolher e libertar. Nem sempre percebemos que esses momentos tão singelos são pequenos ensinamentos sobre o exercício da liberdade.

Mas chega um momento em que a realidade bate à porta e escancara novas verdades difíceis de encarar. É o grito da independência, a força da vida em movimento, o poder do tempo que tudo transforma.
É quando nos damos conta de que nossos filhos cresceram e apesar de insistirmos em ocupar o lugar de destaque, eles sentem urgência de conquistar o mundo longe de nós.
É chegado então o tempo de recolher nossas asas. Aprender a abraçar à distância, comemorar vitórias das quais não participamos diretamente, apoiar decisões que caminham para longe. Isso é amor.
Muitas vezes, confundimos amor com dependência. Sentimos erroneamente que se nossos filhos voarem livres não nos amarão mais. Criamos situações desnecessárias para mostrar o quanto somos imprescindíveis. Fazemos questão de apontar alguma situação que demande um conselho ou uma orientação nossa, porque no fundo o que precisamos é sentir que ainda somos amados.

Muitas vezes confundimos amor com segurança. Por excesso de zelo ou proteção cortamos as asas de nossos filhos. Impedimos que eles busquem respostas próprias e vivam seus sonhos em vez dos nossos. Temos tanta certeza de que sabemos mais do que eles, que o porto seguro vira uma âncora que impede-os de navegar nas ondas de seu próprio destino.
Muitas vezes confundimos amor com apego. Ansiamos por congelar o tempo que tudo transforma. Ficamos grudados no medo de perder, evitando assim o fluxo natural da vida. Respiramos menos, pois não cabem em nosso corpo os ventos da mudança.

Aprendo que o amor nada tem a ver com apego, segurança ou dependência, embora tantas vezes eu me confunda. Não adianta querer que seja diferente: o amor é alado.
Aprendo que a vida é feita de constantes mortes cotidianas, lambuzadas de sabor doce e amargo. Cada fim venta um começo. Cada ponto final abre espaço para uma nova frase.
Aprendo que tudo passa menos o movimento. É nele que podemos pousar nosso descanso e nossa fé, porque ele é eterno.

Aprendo que existe uma criança em mim que ao ver meus filhos crescidos, se assustam por não saber o que fazer. Mas é muito melhor ser livre do que imprescindível.
Aprendo que é preciso ter coragem para voar e deixar voar.
E não há estrada mais bela do que essa.

Esse fds fiquei emocionada e surpreendida com o pedido de casamento da minha filha.. isso me fez refletir sobre 

esse momento da minha vida, divido com os amigos.




Fonte: Quando os filhos voam, por Rubem Alves