domingo, 31 de março de 2013

Páscoa contada por crianças... vale a pena ver!!

Feliz Páscoa!!




O que posso desejar para você hoje?


Que as verdadeiras amizades continuem. 


Que as lágrimas sejam poucas, e compartilhadas.

Que as alegrias estejam sempre presentes e sejam festejadas por todos.

Que o carinho esteja presente em um simples 'Olá',

ou em qualquer outra frase mesmo que digitada rapidamente.

Que os corações estejam sempre abertos para novas amizades,

novos amores, novas conquistas.

Que Deus esteja sempre com sua mão estendida apontando o caminho correto.

Que as coisas pequenas como a inveja ou desamor, sejam retiradas de nossa

vida.

Que aquele que necessita de ajuda encontre sempre em nós, uma animadora

palavra amiga.


Que a verdade sempre esteja acima de tudo.

Feliz Páscoa a todos!!

sábado, 30 de março de 2013

A Páscoa e seus símbolos

O nome páscoa surgiu a partir da palavra hebraica "pessach" ("passagem"), que para os hebreu significava o fim da escravidão e o início da libertação do povo judeu (marcado pela travessia do Mar Vermelho, que se tinha aberto para "abrir passagem" aos filhos de Israel que Moisés ia conduzir para a Terra Prometida).
Ainda hoje a família judaica se reúne para o "Seder", um jantar especial que é feito em família e dura oito dias. Além do jantar há leituras nas sinagogas.

Para os cristãos, a Páscoa é a passagem de Jesus Cristo da morte para a vida: a Ressurreição. A passagem de Deus entre nós e a nossa passagem para Deus. É considerada a festa das festas, a solenidade das solenidades, e não se celebra dignamente senão na alegria [2] .
Em tempos antigos, no hemisfério norte, a celebração da páscoa era marcada com o fim do inverno e o início da primavera. Tempo em que animais e plantas aparecem novamente. Os pastores e camponeses presenteavam-se uns aos outros com ovos.

OVOS DE PÁSCOA
 De todos os símbolos, o ovo de páscoa é o mais esperado pelas crianças.

Nas culturas pagãs, o ovo trazia a idéia de começo de vida. Os povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes boa sorte. Os chineses já costumavam distribuir ovos coloridos entre amigos, na primavera, como referência à renovação da vida.

Existem muitas lendas sobre os ovos. A mais conhecida é a dos persas: eles acreditavam que a terra havia caído de um ovo gigante e, por este motivo, os ovos tornaram-se sagrados.

Os cristãos primitivos do oriente foram os primeiros a dar ovos coloridos na Páscoa simbolizando a ressurreição, o nascimento para uma nova vida. Nos países da Europa costumava-se escrever mensagens e datas nos ovos e doá-los aos amigos. Em outros, como na Alemanha, o costume era presentear as crianças. Na Armênia decoravam ovos ocos com figuras de Jesus, Nossa Senhora e outras figuras religiosas.

Pintar ovos com cores da primavera, para celebrar a páscoa, foi adotado pelos cristãos, nos século XVIII. A igreja doava aos fiéis os ovos bentos.

A substituição dos ovos cozidos e pintados por ovos de chocolate, pode ser justificada pela proibição do consumo de carne animal, por alguns cristãos, no período da quaresma.

A versão mais aceita é a de que o surgimento da indústria do chocolate, em 1830, na Inglaterra, fez o consumo de ovos de chocolate aumentar.


COELHO

 O coelho é um mamífero roedor que passa boa parte do tempo comendo. Ele tem pelo bem fofinho e se alimenta de cenouras e vegetais. O coelho precisa mastigar bem os alimentos, para evitar que seus dentes cresçam sem parar.

Por sua grande fecundidade, o coelho tornou-se o símbolo mais popular da Páscoa. É que ele simboliza a Igreja que, pelo poder de cristo, é fecunda em sua missão de propagar a palavra de Deus a todos os povos. 


CORDEIRO

O cordeiro é o símbolo mais antigo da Páscoa, é o símbolo da aliança feita entre deus e o povo judeu na páscoa da antiga lei. No Antigo Testamento, a Páscoa era celebrada com os pães ázimos (sem fermento) e com o sacrifício de um cordeiro como recordação do grande feito de Deus em prol de seu povo: a libertação da escravidão do Egito. Assim o povo de Israel celebrava a libertação e a aliança de Deus com seu povo.

Moisés, escolhido por Deus para libertar o povo judeu da escravidão dos faraós, comemorou a passagem para a liberdade, imolando um cordeiro.

Para os cristãos, o cordeiro é o próprio Jesus, Cordeiro de Deus, que foi sacrificado na cruz pelos nossos pecados, e cujo sangue nos redimiu: "morrendo, destruiu nossa morte, e ressuscitando, restituiu-nos a vida". É a nova Aliança de Deus realizada por Seu Filho, agora não só com um povo, mas com todos os povos.


CÍRIO PASCAL

É uma grande vela que se acende na igreja, no sábado de aleluia. Significa que "Cristo é a luz dos povos".

Nesta vela, estão gravadas as letras do alfabeto grego"alfa" e "ômega", que quer dizer: Deus é princípio e fim. Os algarismos do ano também são gravados no Círio Pascal.

O Círio Pascal simboliza o Cristo que ressurgiu das trevas para iluminar o nosso caminho.


GIRASSOL

O girassol é uma flor de cor amarela, formada por muitas pétalas, de tamanho geralmente grande. Tem esse nome porque está sempre voltado para o sol.

O girassol, como símbolo da páscoa, representa a busca da luz que é Cristo Jesus e, assim como ele segue o astrorei, os cristãos buscam em Cristo o caminho, a verdade e a vida.


PÃO E VINHO
O pão e o vinho, sobretudo na antiguidade, foram a comida e bebida mais comum para muitos povos. Cristo ao instituir a Eucaristia se serviu dos alimentos mais comuns para simbolizar sua presença constante entre e nas pessoas de boa vontade. Assim, o pão e o vinho simbolizam essa aliança eterna do Criador com a sua criatura e sua presença no meio de nós.
Jesus já sabia que seria perseguido, preso e pregado numa cruz. Então, combinou com dois de seus amigos (discípulos), para prepararem a festa da páscoa num lugar seguro.

Quando tudo estava pronto, Jesus e os outros discípulos chegaram para juntos celebrarem a ceia da páscoa. Esta foi a Última Ceia de Jesus.

A instituição da Eucaristia foi feita por Jesus na Última Ceia, quando ofereceu o pão e o vinho aos seus discípulos dizendo: "Tomai e comei, este é o meu corpo... Este é o meu sangue...". O Senhor "instituiu o sacrifício eucarístico do seu Corpo e do seu Sangue para perpetuar assim o Sacrifício da Cruz ao longo dos séculos, até que volte, confiando deste modo à sua amada Esposa, a Igreja, o memorial da sua morte e ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal, em que se come Cristo, em que a alma se cumula de graça e nos é dado um penhor da glória futura" [3].
A páscoa judaica lembra a passagem dos judeus pelo mar vermelho, em busca da liberdade.

Hoje, comemoramos a páscoa lembrando a jornada de Jesus: vida, morte e ressurreição.



Colomba Pascal

O bolo em forma de "pomba da paz" significa a vinda do Espírito Santo. Diz a lenda que a tradição surgiu na vila de Pavia (norte da Itália), onde um confeiteiro teria presenteado o rei lombardo Albuíno com a guloseima. O soberano, por sua vez, teria poupado a cidade de uma cruel invasão graças ao agrado.



SINO

Muitas igrejas possuem sinos que ficam suspensos em torres e tocam para anunciar as celebrações.

O sino é um símbolo da páscoa. No domingo de páscoa, tocando festivo, os sinos anunciam com alegria a celebração da ressurreição de cristo.


Quaresma

Os 40 dias que precedem a Semana Santa são dedicados à preparação para a celebração. Na tradição judaica, havia 40 dias de resguardo do corpo em relação aos excessos, para rememorar os 40 anos passados no deserto.


Óleos Santos

Na antiguidade os lutadores e guerreiros se untavam com óleos, pois acreditavam que essas substâncias lhes davam forças. Para nós cristãos, os óleos simbolizam o Espírito Santo, aquele que nos dá força e energia para vivermos o evangelho de Jesus Cristo.


Fontes:
[1] Baseado na Coleção Descobrindo a Páscoa, Edições Chocolate.
[2] A vitória da Páscoa, Georges Chevrot, Editora Quadrante, São Paulo, 2002
[3] Vida Eucarística, José Manuel Iglesias, Editora Quadrante, São Paulo, 2005




terça-feira, 26 de março de 2013

Para quem acha que sras donas de casa não fazem nada....... além de ver novela...



Adorei essa... recebi  por e-mail de um amigo, compartilho com vocês...

--- Se por acaso  o marido fizer essa pergunta.....
Um homem chegou a casa, após o trabalho, e encontrou os seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestindo os pijamas.
Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa. A porta do carro da sua esposa estava aberta.
A porta da frente da casa também.
O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.
Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça.
A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede.
Na sala de estar, a televisão ligada aos berros num desenho animado qualquer, e o chão estava atulhado de brinquedos e roupas espalhadas.
Na cozinha, a pia estava transbordando de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão.
Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.
Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando dos brinquedos espalhados e de peças de roupa suja.
Será que a minha mulher passou mal?' Pensou.
Será que alguma coisa grave aconteceu?'
Daí viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro.
Lá encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia.
A pasta dos dentes tinha sido usada e deixada aberta e a banheira transbordando água e espuma.
Finalmente, ao entrar no quarto de casal, ele encontrou a mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista.
Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou:
Que diabos aconteceu aqui em casa?Por que toda esta bagunça?
Ela sorriu e disse:
- Todos os dias, quando você chega do trabalho, me pergunta:

Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa?

 Bem...Hoje eu não fiz nada, FOFO!!!!    Sentiu a diferença???

sexta-feira, 22 de março de 2013

Ditados populares com linguagem Jurídica..


Quando se está navegando aleatoriamente a gente acha essas coisas que nos fazem rir...

A fêmea ruminante deslocou-se para terreno sáfaro e alagadiço.
(A vaca foi para o brejo)

Desejo veementemente que V.Sa. receba contribuições inusitadas em vossa cavidade retal.
(Vá tomar no cu)

Desejo veementemente que V.Sa. performe fornicação na imagem de sua própria pessoa.
(Vá se fuder)

Creio que V.Sa. apresenta comportamento galhofeiro perante a situação aqui exposta.
(Você tá de sacanagem)

Prosopopéia flácida para acalentar bovinos.
(Conversa mole pra boi dormir )

Romper a face.
(Quebrar a cara)

Creditar um primata.
(Pagar um mico)

Inflar o volume da bolsa escrotal.
(Encher o saco)

Impulsionar a extremidade do membro inferior contra a região glútea de outrem.
(Dar um pé na bunda)

Derrubar, com a extremidade do membro inferior, o suporte sustentáculo de uma das unidades de acampamento.
(Chutar o pau da barraca)

Deglutir um batráquio...
(Engolir um sapo)

Colocar o prolongamento caudal em meio aos membros inferiores.
(Meter o rabo entre as pernas)

Derrubar com intenções mortais.
(Cair matando)

Eximir de qualquer tipo de sorte.
(Azarar)

Aplicar a contravenção do Senhor João, este deficiente físico desprovido de um dos membros superiores.
(Dar uma de João sem braço)

Sequer considerar a utilização de um longo pedaço de madeira.
(Nem a pau)

Sequer considerando a possibilidade da fêmea bovina expirar fortes contrações laringo-bucais.
(Nem que a vaca tussa)

Sequer considerando a prática de conúbio carnal.
(Nem fudendo)

Derramar água pelo chão através do tombamento violento e premeditado de seu recipiente.
(Chutar o balde)

O orifício circular conrugado, localizado na parte ínfero-lombar da região glútea de um individuo em avançado estado etílico, deixa de estar em consonância com os ditames referentes ao direito individual de propriedade.
(Cu de bêbado não tem dono)

Fonte:  http://www.coisaslegais.com.br

Uso da água com consciência


Falta de água de qualidade mata uma criança a cada 15 segundos no mundo, revela Unicef.
Carolina Gonçalves
Repórter da Agência Brasil


Brasília - A cada 15 segundos, uma criança morre de doenças relacionadas à falta de água potável, saneamento e condições de higiene no mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Todos os anos, 3,5 milhões de pessoas morrem no mundo por problemas relacionados ao fornecimento inadequado da água, à falta de saneamento e à ausência de políticas de higiene, segundo representantes de outros 28 organismos das Nações Unidas, que integram a ONU-Água.

No Relatório sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, documento que a ONU-Água divulga a cada três anos, os pesquisadores destacam que quase 10% das doenças registradas ao redor do mundo poderiam ser evitadas se os governos investissem mais em acesso à água, medidas de higiene e saneamento básico.
As doenças diarreicas poderiam ser praticamente eliminadas se houvesse esse esforço, principalmente nos países em desenvolvimento, segundo o levantamento. Esse tipo de doença, geralmente relacionada à ingestão de água contaminada, mata 1,5 milhão de pessoas anualmente.

No Brasil, dados divulgados pelo Ministério das Cidades e pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico, mostram que, até 2010, 81% da população tinham acesso à água tratada e apenas 46% dos brasileiros contavam com coleta de esgotos. Do total de esgoto gerado no país, apenas 38% recebiam tratamento no período.
Há poucos dias, a organização da sociedade civil Trata Brasil divulgou levantamento que confirma a relação entre a falta de saneamento e acesso à agua potável e os problemas de saúde que afetam principalmente as crianças. O Ranking do Saneamento levantou a situação desse serviço nas 100 maiores cidades do país, considerando a parcela da população atendida com água tratada e coleta de esgotos, as perdas de água, investimentos, avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado pelos 77 milhões de brasileiros dessas localidades (40% da população brasileira).

O levantamento mostrou que a política em 'grande parte das maiores cidades do país avança, mesmo lentamente, nos serviços de saneamento básico, sobretudo no acesso à água potável, à coleta, ao tratamento dos esgotos e à redução das perdas de água'. Os pesquisadores destacaram, porém, que existe um número expressivo de municípios de grande porte que não avançaram nesses investimentos.

De acordo com os pesquisadores, do volume de esgoto gerado nas 100 cidades, somente 36,28% são tratados, ou seja, apenas nas cidades analisadas, quase 8 bilhões de litros de esgoto são lançados todos os dias nas águas sem nenhum tratamento. 'Isso equivale a jogar 3.200 piscinas olímpicas de esgoto por dia na natureza'.
Os órgãos das Nações Unidas apontam que, no mundo, o despejo de 90% das águas residuais em países em desenvolvimento - em banhos, cozinha ou limpeza doméstica - vão para rios, lagos e zonas costeiras e representam ameaça real à saúde e segurança alimentar no mundo.

Pelo ranking da Trata Brasil, o índice médio em população atendida com coleta de esgoto nas 100 cidades pesquisadas pela organização foi 59,1%. A média do país, registrada em 2010, era 46,2%. A boa notícia é que 34 cidades apresentaram índice de coleta de esgoto superior a 80% da população e apenas cinco municípios (Belo Horizonte, Santos, Jundiaí, Piracicaba e Franca) tinham 100% da coleta de esgoto em funcionamento.
Trinta e dois municípios se encontram na faixa de zero a 40% de coleta e 34 cidades têm entre 41% e 80% da cobertura de coleta de esgoto. 'Ou seja, na maioria dos municípios analisados ainda está distante a universalização dos serviços de coleta de esgoto', destaca o estudo.
A análise da organização não governamental destacou que vários fatores influenciam na ocorrência das diarreias, como a disponibilidade de água potável, intoxicação alimentar, higiene inadequada e limpeza de caixas d'água. O estudo mostrou a relação direta entre a abrangência do serviço de esgotamento sanitário e o número de internações por diarreia. De acordo com o levantamento, em 2010, em 60 das 100 cidades pesquisadas os baixos índices de atendimento resultaram em altas taxas de internação por diarreias

Nas 20 melhores cidades em taxa de internação (média de 17,9 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era 78%, enquanto nas dez piores cidades em internações por diarreia (média de 516 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era somente 29%.
Edição: Tereza Barbosa

Fonte:  http://noticias.br.msn.com/falta-de-%C3%A1gua-de-qualidade-mata-uma-crian%C3%A7a-a-cada-15-segundos-no-mundo-revela-unicef-ag%C3%AAncia-brasil

O que é talento, afinal?

 Hoje em dia, entre as muitas definições do termo, entende-se por “talento” o conjunto de habilidades que compreende dons, conhecimentos, experiências, atitudes e impulsos natos, aliados a uma forte capacidade de aprender e se desenvolver.

Para identificar um jovem talento, portanto, as empresas passaram a utilizar uma série de indicadores de potencial que funcionam como sinais e anti-sinais do perfil de profissional que desejam recrutar. Nosso papel na Cia de Talentos é justamente este: identificar pessoas dotadas desse potencial e encaminhá-las para as empresas.

Para pensar nessa “peneira”, foram sendo criadas exigências e mais exigências, que, pudemos observar ao longo dos anos, mudam de um período para o outro, como ocorre com o comportamento das gerações.

Como os programas de estágio e trainee são mais recentes, não é possível traçarmos um paralelo mostrando o impacto que esse tipo de programa surtiu nas gerações dos veteranos e dos boomers. Mas podemos dizer, sem sombra de dúvida, que, a partir da geração Y, essas passaram a ser duas das principais portas de entrada de universitários para o mercado de trabalho. Mas, desde então, o perfil das competências exigidas já passou por mudanças significativas.

Na década de 80, quando a palavra de ordem nas empresas era produtividade, as duas características mais valorizadas nos candidatos eram a iniciativa e a capacidade de trabalhar em equipe. Nesse período, estar numa faculdade de primeira linha era o principal pré-requisito. Além disso, começava-se a se estabelecer a necessidade de dominar o inglês.

Nos anos 90, quando as companhias se voltaram para a expansão dos seus negócios, acrecentaram-se à lista de pré-requisitos do período anterior a exigência do MBA e o domínio de uma segunda língua estrangeira, além do inglês. Ao mesmo tempo, as principais competências requisitadas aos candidatos passaram a ser visão estratégica e criatividade.

A partir de 2000, com a consolidação da globalização, uma nova mudança se fez. As empresas começaram a buscar pessoas com capacidade de lidar com culturas diferentes, de se adaptar às mudanças, com disponibilidade para morar fora se necessário. Foi quando entrou em cena outra exigência: a de que os candidatos tivessem, além da fluência em dois ou mais idiomas, alguma experiência de vivência em outros países. Nesse momento, a grife da faculdade deixou de ter um peso tão grande, mas à lista de características desejáveis somaram-se maturidade, automotivação e capacidade de gerir a própria carreira.

Atualmente, essa busca por profissionais é orientada por três eixos fundamentais, que compõem habilidades e competências necessárias para caracterizar um jovem talento.

Vejamos quais são elas:

Eixo negocial: conhecimento do negócio da empresa, da estrutura de competitividade do setor em que a companhia opera, foco nos clientes e fornecedores, domínio dos fatores críticos para a geração de lucro.

Eixo empreendedor: raciocínio estratégico, orientação para resultados, aptidão para criar novos negócios, multifuncionalidade, autonomia em liderança, tolerância a riscos, capacidade de sonhar e transformar sonhos em realidade, capacidade de mobilizar recursos, foco no usuário, flexibilidade e criatividade.

Eixo cidadão e ser humano: capacidade de conciliar o trabalho com outras dimensões da vida, de gerenciar saúde, tensão e qualidade de vida, cidadania comunitária, nível de conectividade interno e externo, inteligência emocional, capacidade de criar condições para que a genialidade dos outros se manifestem.

Agora, faça uma autoanálise e responda: Você já pode ser considerado um talento ou ainda está em construção? Se ficar com a segunda alternativa, não perca tempo e comece já a se aprimorar.

Fonte:  http://msn.clickcarreira.com.br/querocrescer/2013/3/19/5229/o-que-e-talento,-afinal.html

Dia mundial da água


 Qualidade de rios em nove estados está ruim ou regular, aponta estudo.

Avaliação feita em 30 rios, córregos e um açude, distribuídos por nove estados, indica que a qualidade da água de 70% dos locais analisados é regular e os 30% restantes tem nível ruim.

Nenhum dos pontos de coleta conseguiu a soma necessária para alcançar os níveis bom ou ótimo, de acordo com a análise feita pela organização não-governamental SOS Mata Atlântica, divulgada na véspera do Dia Mundial da Água, comemorado nesta sexta-feira (22).
De acordo com a ONG, 27 rios, dois córregos e um açude foram analisados entre janeiro e dezembro do ano passado em São Paulo, Rio de Janeiro, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Bahia e Sergipe. Destes corpos d’água, 26 foram verificados pela primeira vez.
Segundo o estudo, nove rios tiveram a qualidade da água classificada como ruim.
Entre eles está o trecho do Paraíba do Sul que passa por Volta Redonda (RJ), o Capibaribe, no Recife, e o Cubatão, localizado na cidade de mesmo nome, na Baixada Santista (SP).
Entre os que foram classificados com a qualidade regular estão os rios Jaguaribe, em Salvador (BA), Macacos, no Rio de Janeiro (RJ), Potengi, em Natal (RN) e Maranguapinho, em Fortaleza (CE).
As análises que melhor tiveram resultado foram as do Rio Vaza-Barris, em Aracajú (SE) e do Rio Pratagy, em Maceió (AL) -- apesar de terem sido classificadas como regulares.
Segundo Malu Ribeiro, coordenadora do Programa Rede das Águas, o monitoramento indica que os rios das grandes cidades brasileiras estão com “a qualidade bem longe do ideal” e serve de alerta para que “as pessoas fiquem atentas e cobrem do poder público ações para transformar essa realidade”.

Qualidade das águas no Brasil
Apesar do desenvolvimento do país e enriquecimento da população, o Brasil ainda não conseguiu alcançar 100% da coleta de esgoto, principal causador de poluição hídrica no país.

De acordo com o relatório “Conjuntura dos Recursos Hídricos”, divulgado em 2011 pela Agência Nacional de Águas (ANA), o país coleta 56,6% do esgoto doméstico urbano.

Entretanto, apenas 34% deste volume passa por tratamento. Além deste problema, não existe ainda uma rede integrada de monitoramento da qualidade das águas.

Segundo a ANA, em nove estados ainda não existem quaisquer pontos de medição de possíveis alterações. Além dos sete estados da região Norte, Santa Catarina e Maranhão não verificam os dados.

O governo prevê para 2015 uma integração de dados sobre a qualidade da água que vai possibilitar a verificação de 4.400 pontos de coleta instalados em rios, nascentes e reservatórios.

Investimentos
Nesta quinta-feira (21), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou que serão liberados R$ 100 milhões ao longo de cinco anos para ajudar os estados a adotarem medidas para gestão de seus recursos hídricos.

O objetivo, disse a ministra, é incentivar o fortalecimento dos Sistemas Estaduais de Gerenciamento de Recursos Hídricos, “desde sofisticar a medição e a qualidade de dados, como contratar gente, ajudar os estados a contratar pessoal especializado”.
Segundo informou o presidente da ANA, Vicente Andreu, os recursos serão disponibilizados mediante o cumprimento de metas por parte do estado. “A ideia é construir um sistema nacional para a governança eficaz dos recursos hídricos que garanta a oferta de água em quantidade e qualidade, no futuro, em todo o território nacional”, comentou.

Águas subterrâneas
Existe ainda a preocupação com as águas subterrâneas, que começaram a ser analisadas devido ao risco de contaminação por esgoto não tratado e resíduos industriais.

Em 2011, a União liberou R$ 15 milhões para que investigações e testes fossem feitos em bacias como a rio Amazonas, no Norte, e São Francisco, no Nordeste. Os estudos ainda não foram concluídos.

Segundo a ANA, a expansão das cidades, com mais indústrias e bairros, muitas vezes sem infraestrutura de saneamento básico, pode já ter causado a contaminação do solo de reservatórios naturais, mesmo aqueles localizados a uma profundidade que varia de 80 metros a 1.000 metros de profundidade.
Fonte:  http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/03/qualidade-de-rios-em-nove-estados-esta-ruim-ou-regular-aponta-estudo.html

quarta-feira, 20 de março de 2013

Homens donos de casa?? Aleluia em...


Corintiano, fã de rock e dono de casa, Alex Franulovic descobriu que lugar de homem é na cozinha, na faxina e no escritório. “É a revolução masculina necessária para os dias atuais”, diz.


Alex Franulovic, mais velho de três irmãos, cresceu em uma casa onde as tarefas domésticas não eram divididas. No trono, a rainha mãe era absoluta, responsável única por lavar, passar, limpar e deixar comida pronta na hora do almoço ou jantar. Até que chegou a hora do príncipe sair do ninho e descobrir que roupa colorida não pode ser misturada à branca na máquina de lavar, papel higiênico não é reposto automaticamente no banheiro e não há mágica para fazer os pratos sujos desaparecerem da pia.

O gato borralheiro dividiu as funções com a rainha e então virou rei do lar
Com diploma de geógrafo em mãos, Alex deixou São Paulo aos 28 anos para trabalhar no Rio de Janeiro. Descobriu – aos trancos e barrancos – que naquele torcedor corintiano e fã de rock habitava um gato borralheiro adormecido pelo conforto de nunca ter precisado varrer um chão.
“Há 9 anos descobri que o meu lugar, além do escritório, também é na cozinha e na faxina”, diz ele. Aos 37 de idade, adaptou-se tanto ao papel de dono de casa que formou, ao lado de dois amigos também adeptos da jornada “casa, comida e roupa lavada”, o grupo Donos de Casa.
Situação econômica
O nascimento do “Alex Franulovic dono de casa” foi simultâneo ao do “Alex Franulovic desempregado”. “Eu cheguei ao Rio de Janeiro, casei e, meses depois, fui demitido. Minha mulher dava um duro danado na profissão e eu tinha tempo livre para ser ocupado”, lembra.
“A grana estava curta para ter empregada doméstica ou levar roupas na lavanderia. Comecei me aventurando na cozinha, depois cuidando da limpeza. Óbvio que manchei algumas peças de roupa, mas aprendi a ser dono de casa rapidinho.”
A situação econômica da época fez com que o desemprego fosse assunto predominante na rodinha dos amigos de Alex. “Alguns deles, também movidos pelo desemprego, começaram a pegar no batente dentro de casa. Daí, como brincadeira, fizemos camisetas com dizeres sobre a nossa nova profissão: ‘sou dono de casa’”, conta. “Depois criamos aventais para homens, panos de prato masculinos. Montamos um site para vender os produtos e discutir a necessidade do homem assumir este posto dentro dos lares. Mais do que um negócio, ser dono de casa é uma demanda social”, acredita.
Revolução
Alex arrumou novo emprego, mas não deixou as tarefas domésticas para escanteio. A dupla jornada, acredita, só não ficou pesada porque ele dividiu as funções com a esposa. “Eu divido, não ajudo”, faz questão de ressaltar.
Veja também 

A divisão foi fundamental para três pilares principais: renda familiar, dar conta da chegada da primeira filha (há cinco anos) e fazer com que o tempo sobre também para os jogos do Corinthians, cervejinha com os amigos e shows de rock.
“Minha mulher fica tranquila em fazer hora extra no trabalho, pois sabe que eu pego minha filha na escola e faço jantar. Quando eu preciso passar mais tempo no escritório, ela também segura as pontas. Tudo é compartilhado, o que deixa nossa estrutura sólida para o trabalho, lazer e educação da nossa filha”, diz Alex, concordando que a revolução feminina consistiu na saída delas para o mercado de trabalho e a revolução masculina necessária para os dias atuais “é a entrada dos homens para as funções domésticas”.
E, segundo indicam as pesquisas mais recentes, esse será um longo caminho. Nas casas brasileiras, a maior parte da população feminina permanece solitária na função de lavar, passar, limpar e cuidar dos filhos. Pesquisa feita pelo Instituto DataPopular identificou que 71% das mulheres casadas não conta com nenhuma ajuda dos companheiros para o trabalho caseiro , o que compromete a remuneração delas no mercado formal, afirmam os especialistas.
Para reverter o cenário, Alex convida os homens a ligarem o som no último volume e partirem para a ação. “As músicas do Ramones são ótimas para fazer faxina. Ajudam a combater o estresse. E para quem é solteiro, fica a dica: ganha pontos o homem que sabe cuidar da casa e não é um peso para mulher.”
Quatro passos para virar dono de casa, por Alex Franulovic
1. Pare de se enganar. Quem não faz trabalho de casa tem mais trabalho para ter uma boa relação em casa.
2. Procure a área com que você mais se identifica: cozinhar, arrumar, lavar, passar. Assuma como tarefa obrigatória e tenha em mente que não é ajuda à companheira. É divisão, portanto você faz sempre, e não só quando recebe um pedido para fazer.
3. Peça dicas para quem sabe fazer, mas descubra seu próprio jeito de executar as tarefas. Lembre sempre sua companheira que você é executor das tarefas, e não um auxiliar.
4. Saiba que no início você vai errar. Acidentes acontecem, mas não são desculpa para não fazer mais. 
Fonte:  http://delas.ig.com.br/comportamento/2013-03-19/corintiano-fa-de-rock-e-dono-de-casa.html

terça-feira, 19 de março de 2013

As camas king size estão destruindo relacionamentos

Achei uma graça essa reportagem... compartilho com vocês!! E aí o que acham??


Lembra quando você estava começando a namorar e precisava, de vez em quando, dormir junto com o amor da sua vida em uma cama de solteiro? Isto não era um problema, era? Vocês dois, juntinhos, dividindo um espaço apertado... Na verdade esse era o momento mais esperado da semana!
Mas aí o relacionamento vai ficando mais sério, vocês vão assumindo um compromisso e resolvem morar juntos. A primeira coisa que compram é uma cama. King size. Vocês querer estar confortáveis, não precisar ficar se esmagando em uma cama de casal padrão.
Nos primeiros meses os dois usam o centro da cama. Ficam próximos, ainda ajudam a aquecer o outro. Até que um belo dia resolvem que é melhor dormir cada um com seu cobertor, já que você – ou a outra pessoa – se especializou em roubar cobertas. O que seria um charme, uma característica engraçadinha na época do namoro, se torna algo impossível de resolver.
Depois dos cobertores separados é a vez de aparecer um travesseiro no meio de vocês. Para não colocar no chão o travesseiro que sobra, ele fica ali, já que a preguiça de levantar é enorme. E ali permanece nos próximos dias, talvez meses...
E quando você nota, o momento em que vocês dois estariam mais próximos fisicamente, aqueles minutos antes de dormir, se tornaram momentos de distanciamento. Cada um tem seu canto, seu cobertor e ainda há uma barreira entre vocês, aquele travesseiro que só serve para o momento em que vocês estão lendo ou vendo TV.
Só que ninguém quer ser o primeiro a falar, a dar o braço a torcer, a mostrar que está preocupado com o relacionamento por causa de uma coisa tão boba quanto dormir de conchinha – afinal, ninguém dorme realmente assim. Dorme?
Se essa distância só acontece na hora de dormir, menos mal. Mas e no resto do tempo, vocês continuam dividindo a vida como no começo do namoro? Continuam trocando confidências, planos, pensamentos secretos? Ou levaram a distância com vocês para o resto do dia?
A cama padrão podia ser um pouco mais apertada, mas você tinha a desculpa perfeita para deitar no peito dele e ficar pertinho durante toda a noite. Em sonos agitados, com pesadelos, era só abrir os olhos e ele estava ali. Isso vale para os dois, todo mundo têm pesadelos.
Na cama king size, ou seja qual for o nome dessas camas imensas que acomodam uma família inteira se preciso, a distância é enorme. Pode ser só um reflexo do relacionamento que as pessoas têm. Pode ser só uma maneira de levar para a cama a falta de diálogo. Pode ser só uma maneira de dormir mais confortável para encarar os diálogos do dia seguinte. Não sou eu quem tem essas respostas.
Mas ainda me assusta ver casais que planejam a primeira casa comprando camas enormes em que a distância, quando se menos percebe, é de uma avenida inteira. De vez em quando, que tal dormir, metaforicamente, em uma cama de solteiro e relembrar como era gostoso sentir o calor do outro sem ser na hora do sexo?

Fonte:  http://br.mulher.yahoo.com/blogs/preliminares/camas-king-size-est%C3%A3o-destruindo-relacionamentos-144821478.html

segunda-feira, 18 de março de 2013

Cinco dicas para enfrentar a rotina a dois após o casamento



“Eu vos declaro marido e mulher”. E agora? Como será juntar duas rotinas diferentes e formar uma nova vida? A dúvida não costuma aparecer durante o nervosismo causado pelos preparativos para o casamento, mas é comum causar preocupação logo depois da noite de núpcias. Para evitar ser pega de surpresa, a coach de noivas Betty Dabkiewicz lista cinco dicas valiosas para garantir o sucesso do matrimônio.

Planejamento financeiro – Esse é um dos principais pontos de conflito entre casais, por isso é importante começar do zero, sem dívidas. Para conseguir esse objetivo, planeje muito bem, junto com o noivo, os gastos com a festa de casamento, o investimento no novo lar, a lua de mel e todos os outros primeiros investimentos que farão juntos.

Encontros familiares – Se adaptar a essa nova vida pode ser muito mais difícil para quem vivia com os pais. É fundamental ter compreensão para superar as mudanças. Uma boa opção é propor encontros regulares para reunir a família. Essa é uma forma de fazer com que a pessoa entenda que não se separou dos familiares, apenas mudou de casa.

Tarefas domésticas – O casal deve definir previamente o que cada um vai fazer por sua organização pessoal e resolver como será a divisão das tarefas comuns aos parceiros. Caso queiram uma faxineira, verifiquem a disponibilidade do dinheiro para ser gasto para não meterem os pés pelas mãos.
Sejam sempre namorados – Evite ao máximo que o dia a dia acabe com o clima de romance. É importante desfrutar de momentos a dois mesmo dentro de casa, continuar surpreendendo o outro positivamente e mantendo o clima quente entre quatro paredes.

Quando ter filhos? – Alguns casais gostam de aproveitar os primeiros anos de casados curtindo a vida a dois, para só depois pensar em filhos. Enquanto outros se planejam financeiramente e organizam a ampliação da casa para ter crianças desde o início. O momento ideal para ter filhos depende da percepção e da maturidade do casal, para assumirem juntos novas responsabilidades. Antes de debater o tema, tenha em mente que engravidar certamente mudará completamente a vida da família.

Fonte:  http://itodas.uol.com.br/amor-e-sexo/cinco-dicas-para-enfrentar-a-rotina-a-dois-apos-o-casamento/

Você fala mais do que deve ou ouve mais do que gostaria?



Monopolizar ou recusar os papéis de ouvinte ou de falante pode gerar uma conversa assimétrica, pouco interessante e insatisfatória. Mais grave ainda é monopolizar esses papéis e desempenhá-los insatisfatoriamente.
Por definição, para que um relacionamento possa ser classificado como “conversa” é necessário que haja alternância entre os interlocutores na ocupação dos papéis de ouvinte e falante. Caso isto não aconteça, não se trata de uma conversa, mas, sim, de um monólogo, de uma palestra, de uma declaração ou algo do gênero.
A falha na alternância desses papéis pode ocorrer quando os interlocutores permanecem na conversa, mas um deles, ou ambos, não abrem mão do papel de falante ou de ouvinte e essa recusa não é confortável para pelo menos um deles. O primeiro desses casos é mais conhecido (“pessoas que falam demais”) do que o segundo (“pessoas que falam de menos”).

Critérios para definir “falar demais” ou “falar de menos”

A quantidade de fala é considera insuficiente ou excessiva quando a sua duração incomoda quem fala ou os seus interlocutores.
Existem bons falantes que podem manter a palavra por muito tempo, até mesmo durante a maior parte da conversa, sem que isso seja desagradável para eles próprios ou para seus interlocutores. Também existem ouvintes altamente estimulantes, que também podem permanecer neste papel por muito tempo e essa permanência ser considerada adequada e prazerosa por seus interlocutores e por eles próprios. Muitas vezes, o tempo de fala ou de escuta que é desejável para um interlocutor pode não ser para o outro.
Portanto, o principal critério para afirmar que uma pessoa está falando demais ou de menos não é o tempo que ela passa ouvindo ou falando, mas, sim, se esse tempo é desejado ou indesejado por ela e pelos seus interlocutores.

Inconvenientes do falar demais e do falar de menos
Como falar demais impediu o início de um namoro.
O paciente relatou que logo nos primeiros momentos do primeiro encontro, ele viu que não seria possível namorar Anne:
“Vi que não seria possível falar com aquela mulher. Assim que nos encontramos, ela disparou a falar. Falou por vinte minutos, quase sem tomar fôlego. Eu simplesmente emiti alguns raros monossílabos e assenti com a cabeça de vez em quando. O que era pior ainda, é que ela só falava coisas negativas”.

Consequências para o ouvinte impostas pelo interlocutor que fala demais
Quem fala demais pode pressionar o ouvinte a desempenhar um papel que ele não quer desempenhar: funcionar como ouvinte passivo ou, pior ainda, fingir que é ouvinte ativo para obter consequências positivas ou evitar consequências negativas.
                  Falar demais anula o ouvinte e impõe-lhe um conflito: ou suporta aquele falante desagradável ou age de uma maneira rude, mas eficaz, para interrompê-lo. Muitas vezes, o ouvinte fica com vontade de sair correndo. Ouvir um falante assim é como assistir um filme ruim: o espectador não participa das filmagens, paga para ver e fica suportando, por um bom tempo, a projeção porque teme decepcionar os seus participantes ou tem a esperança de que o filme melhore. Ouvir alguém assim ainda é pior do que assistir ao filme ruim porque, neste último caso, é mais fácil sair da sala.

Consequências para o ouvinte impostas pelo interlocutor que fala de menos
Quando uma pessoa é lacônica, ela pode tirar a vitalidade da conversa. Se for importante para o seu interlocutor manter a conversa e torná-la animada, ele pode assumir a responsabilidade de animá-la. Isso poderá implicar em um grande esforço para ele e em uma diminuição do seu prazer de conversar.

Medidas para não falar demais
                  Três medidas são sugeridas pela literatura dessa área para aqueles que querem evitar falar demais:
(1) Sempre falar pouco
(2) Falar no máximo por cinco minutos e passar a palavra
(3) Deixar-se monitorar pelas próprias motivações e percepções e pelos sinais apresentados pelo interlocutor que indicam se você pode continuar no papel de falante, se deve continuar a desenvolver um determinado tema e quais dos seus aspectos devem ser desenvolvidos.
As duas primeiras medidas são fórmulas cegas que não atendem a muitas situações. A terceira dessas medidas é “inteligente” porque é flexível e atende o que está ocorrendo em cada momento do diálogo. Por isso, vamos desenvolvê-la aqui.
As duas primeiras medidas mencionadas acima podem ser inconvenientes em muitas situações. Elas sugerem apenas a inibição da quantidade de fala. O falante, ao tomar essas duas medidas, não se deixa guiar pelas motivações e inibições despertadas por cada tema e por cada momento da conversa. Talvez elas contribuam positivamente apenas para aqueles que costumam falar demais em todas as situações. A terceira dessas medidas é melhor que as duas anteriores. Essa terceira medida ajusta a quantidade de fala às próprias motivações e às pistas que indicam como aquilo que está sendo dito está afetando os interlocutores.

Monitoramento da fala pelas próprias motivações e percepções.
O bom falante sente prazer ou, pelo menos, acha importante o que está dizendo. Por isso, é importante ficar atento para às próprias motivações para escolher, abordar e calibrar quanto e como gostaria de abordar um dado tema. É importante, também, estar atento para as próprias motivações para permanecer no papel de falante ou de ouvinte.

Administrar a fala pelas reações do interlocutor
Deixar-se monitorar pelas reações do interlocutor para escolher temas da conversa, por quanto tempo e como abordá-los.  Uma maneira de fazer isso é mencionar temas, tópicos e informações e verificar se o interlocutor apresenta sinais de interesse por eles. Caso sim, falar um pouco daquilo o interlocutor mostrou interesse e observar se ele apresenta novos sinais que indicam quer mais informações. Neste caso, fornecê-las brevemente e esperar novos sinais de interesse. E assim por diante. Esse procedimento permite a calibragem contínua de informações de acordo com as necessidades do ouvinte.

O silêncio do interlocutor pode não ser um sinal para o outro falar
Geralmente é errado interpretar o silêncio ou os sinais fracos de interesse do interlocutor como uma autorização ou convite para iniciar a fala ou falar mais sobre o que já está falando.  A debilidade desses sinais pode indicar que eles estão sendo apresentados apenas por educação. Por exemplo, certa vez presenciei uma pessoa que estava em uma fila de votação muito demorada “alugar” os ouvidos de uma segunda pessoa que apresentava sinais mínimos de interesse, mas que foram considerados suficientes pela primeira pessoa para tagarelar infindavelmente. Assim que o falante compulsivo deu uma saída por uns breves momentos, o ouvinte torturado comentou: “Não estou aguentando mais esse cara falando! Não sei o que fazer: desistir da votação, chamar o guarda ou ser rude com ele e pedir para calar-se?”.

Quando uma pessoa fala demais porque o seu ouvinte está dando sinais errados para ela continuar a falar
Os interlocutores dispõem de uma grande quantidade de sinais que são uteis para regular o fluxo da fala. Esses sinais geralmente são não verbais e equivalem às mensagens verbais como as seguintes: “Continue no papel de falante”, “Fale mais sobre esse assunto”, “Estou acompanhando o que você está dizendo”, “Estou envolvido na conversa”, “Não estou mais interessado neste assunto”, “Quero falar. Passe-me a palavra”, “Não quero a palavra. Continue como falante”, “Terminei de falar. Fale você agora”.
Essas mensagens servem para regular o fluxo da fala e, por isso, receberam o nome de “reguladoras”. Elas funcionam de maneira parecida com os sinais de trânsito que servem para regular o fluxo de veículos.
Muitas vezes, aquilo que um ouvinte está sinalizando para o falante não condiz com a sua motivação em relação à conversa e ao tema que está sendo tratado, mas sim com a sua motivação para agradar ou desagradar o interlocutor, para passar certa imagem, para evitar ser rude, etc. Nesses casos, o ouvinte pode apresentar sinais errados que autorizam, aprovam e solicitam que o outro continue a falar.

Sinais que estimulam a fala

Vamos apresentar aqui alguns sinais que estimulam o interlocutor a continuar a falar. Para desestimulá-lo, basta ir eliminando ou atenuando esses sinais.
Alguns falantes compulsivos falam até sozinhos. Mas, geralmente as pessoas comuns deixam de falar quando são desestimuladas pela ausência de sinais que lhes deem permissão para continuar a falar.

- Orientar a frente do corpo (olhos, rosto, peito, pélvis, joelhos e pés) na direção do falante.
- Não prestar atenção em mais nada que esteja ocorrendo no ambiente (deixar de olhar para os passantes, deixar de ouvir a conversa na mesa ao lado, etc.)
- largar totalmente outras atividades (desligar o computador, fechar o livro que estava lendo)
- Anuir frequentemente com movimentos de cabeça em reação ao que ou falante está dizendo.
- Acionar as informações gratuitas fornecidas pelo interlocutor (pedir para ele expandir aquelas informações que você não solicitou)
- Perguntar por outros aspectos do assunto que ele está abordando
- Não tomar qualquer iniciativa para mudar de assunto ou encerrar a conversa
- Dar sinais que vai ficar um bom tempo conversando: sentar, fechar a porta, encostar o corpo a uma superfície, depositar em uma mesa o material que você estava carregando, etc.
- Declarar que tem tempo para conversar
Quanto mais sinais e quanto mais intenso é cada um deles, mais interesse na conversa você estará mostrando. Muitas vezes um interlocutor não está incentivando a fala do outro, mas este continua a falar mesmo assim. Neste caso, o que resta é fingir que está dormindo, pedir para o falastrão parar de falar ou retirar-se!

Modere o quanto você fala pelas reações do seu ouvinte. Caso você não esteja interessado em uma conversa ou assunto, diminua os comportamentos que incentivam a continuidade da fala ou apresente sinais explícitos que deseja terminar o assunto ou conversa. Lembre-se que sempre é aconselhável manter a polidez para não ofender os seus interlocutores.

Fonte:  http://ailtonamelio.blog.uol.com.br/arch2013-03-01_2013-03-31.html#2013_03-17_09_28_09-148070539-0

Como melhorar o relacionamento no dia a dia



Altos e baixos fazem parte da vida de qualquer pessoa, e de qualquer romance também. Algumas fases são bastante estressantes mas, se forem bem resolvidas, acabam se convertendo em ainda mais entendimento, cumplicidade e amor. A psicóloga especialista em terapia de casais Solange Rosset, de Curitiba (PR), ensina você a resgatar o amor e a compreensão nos momentos mais difíceis.
Cooperação x competição

Para a especialista, a maior causa das crises no relacionamento é a dificuldade das pessoas em lidarem com as diferenças. “Quando surge um problema, cada um se apega ao seu jeito de resolvê-lo e, ao invés de cooperarem, passam a competir para provar que o seu modelo é o mais certo”, comenta. Confira o que fazer nos momentos mais tensos:

Convivência na mesma casa: durante o namoro, muita gente sonha com o esperado “enfim, sós”. Mas, quando ele chega, cada um tem uma forma de lidar com as situações cotidianas, o que fatalmente resulta em conflitos. “É preciso criar uma nova maneira de fazer isso, que seja específica do casal: diferente do jeito de cada um e de cada uma das famílias”, explica Solange. “Outra dificuldade é sair do idealizado e agir de acordo com os dados da realidade, que podem ser muito diferentes”, completa a psicóloga.

Problemas em família: dizem que as pessoas não se casam com o parceiro, mas com a família dele. Afinal, será necessário conviver com os novos parentes, com os quais nem sempre se tem tanta afinidade. “Se o casal compreender que a tarefa é criar um sistema novo, saberá colocar limites nas invasões das famílias de origem e lidar de forma cooperativa, de comum acordo, sem competir nem guerrear”, afirma a psicóloga.
Chegada dos filhos: é um momento que requer paciência e esperança, pois há muitas mudanças em curso. Se algumas questões práticas da convivência não forem resolvidas antes do casal ter filhos, corre-se o risco de usá-los como arma de guerra, o que precisa ser evitado.

Problemas financeiros: geram uma grande instabilidade na vida diária, o que provoca insegurança. Quando o casal já não está tão bem, esse costuma ser um fator agravante para a crise.
Mudanças com o tempo: os anos passam e, com eles, todo mundo erra, aprende, cresce e muda sua forma de viver. Ambições, expectativas e opiniões: tudo fica tão diferente que, em determinado momento, um não reconhece no outro a pessoa por quem se apaixonou. De acordo com Solange, reciclagem é a palavra certa. “Um relacionamento precisa ser recontratado de quando em quando para se adequar às mudanças”, afirma.

Crise dos 7 anos: ela existe?

Segundo a especialista, as crises são inevitáveis porque, a cada momento, o casal passa por situações novas que exigem muito jogo de cintura para lidar com os imprevistos. “No entanto, algumas das crises previsíveis do relacionamento podem se transformar em conflitos de intensidade maior”, explica, citando a crise dos 7 anos e a de vinda dos filhos.

Nesses momentos, outras crises em outros setores da vida podem estar em andamento, o que repercute na vida amorosa. “O casal passou por cima de outras dificuldades e agora traz tudo à tona”, diz Solange. Estão incluídos nesses casos os problemas profissionais, as crises familiares e até questões pessoais de cada membro do casal.

“A crise é um evento desagradável, mas que, se bem usado, será uma forma de crescerem como pessoas e como casal. Uma das aprendizagens é se organizar para não fazer durante a crise aquilo que não faria nos bons momentos, por exemplo, contar os problemas para os outros, ir para a casa da mãe, envolver os filhos ou ter um caso extraconjugal”, diz a psicóloga.

Lições para depois da tempestade

-Converse com seu parceiro sobre a inevitabilidade das crises. “Sabendo que elas virão, os dois podem se preparar para elas e saber que não precisam se desesperar quando os conflitos acontecerem”, diz.
-Combinem, nos momentos de paz, o que poderão e deverão fazer durante e depois da crise. O que foi acertado em comum acordo é sempre mais fácil de ser cumprido.

- Programem avaliações da relação: o que correu bem, o que foi ruim, o que fizeram que auxiliou a superar os problemas, o que atrapalhou, o que precisa ser recontratado e o que ambos precisam aprender.

Consultoria: Solange Rosset é psicóloga, especialista em terapia de casais e família, de Curitiba (PR).

Fonte:  http://papofeminino.uol.com.br/revistas/malu/como-melhorar-o-relacionamento-no-dia-a-dia/

quinta-feira, 14 de março de 2013

Por que temos tanto medo de amar?!?

Achei que este texto tem tudo a ver com minha vida e talvez de tantos outros... compartilho com todos os amigos que visitam este Blog.


É incrível como criamos inúmeras maneiras de nos defender, de nos proteger do sofrimento. Creio que passamos a maior parte de nossas vidas criando novas e mais poderosas formas de não nos expormos. Assumimos papéis, inventamos máscaras, palavras e trejeitos... com um único objetivo: não sofrer!!!

Aprendemos, desde muito cedo, que o sofrimento chega quando estamos expostos, vulneráveis, abertos para o outro... e isso é verdade! E, assim, acreditamos que só há uma maneira de não sofrermos: nos fechando, nos defendendo, nos protegendo do outro... e isso é mentira! Simplesmente porque não existe nenhuma maneira de não sofrermos!

Proteger-nos do outro é não demonstrar o que sentimos, o quanto amamos; é não compartilhar, não precisar (no sentido de admitir que desejamos intimidade com o outro). No entanto, não nos damos conta de que enquanto nos protegemos, tornamo-nos reféns de nós mesmos, transformamos nosso próprio coração numa prisão. Iludidos com a sensação de uma segurança que definitivamente não existe, abrimos mão da possibilidade de experimentarmos sentimentos imperdíveis!

Podemos perceber que estamos nos defendendo do amor quando usamos expressões como: eu gostaria que ele me desse mais carinho, mas não tenho que pedir isso! ou se ele não demonstra que me ama, por que eu deveria fazer isso?

O problema é quando norteamos nossa vida a partir do outro: se ele não fizer isso, eu também não faço, se ele não disser, eu também não digo, se ele não demonstrar, eu também não demonstro! Poxa! Que raio de contabilidade miserável é essa?!? O amor não funciona desse jeito e, assim, continuaremos todos morrendo de solidão, carência, angústia e depressão!!!

Que tal começarmos a agir por nossa própria conta e risco! Sim, amar é um risco, um enorme risco, mas que não inclui apenas o sofrimento. Neste pacote também está incluso o risco (absolutamente provável) de sermos correspondidos, amados, respeitados, queridos e tudo o mais que possa haver de bom no exercício de compartilhar amor!!!

E aí as pessoas vêm com essa: mas eu não estarei me desrespeitando se pedir amor, se der mais do que receber, se me expor a esse ponto?... E eu respondo com outra pergunta: O que é se desrespeitar?! Para mim, desrespeitar-se é fazer algo que você não gostaria de estar fazendo ou, ao contrário, é não fazer algo que você gostaria de estar fazendo.

Portanto, a pergunta mais importante é: o que você quer fazer? Compartilhar seu amor, dar carinho, pedir carinho, demonstrar o que sente, falar sobre seus sentimentos? Então, faça isso!!! Não desperdice sua vida à espera da permissão do outro. Não meça a sua capacidade de amar e de se expor e de se tornar vulnerável a partir do outro. Assuma-se, admita-se e, sobretudo, acolha-se!

Vá se percebendo, abrindo-se aos pouquinhos, pedindo devagarzinho... porque assim fica mais fácil reconhecer e respeitar seu limite. E entenda por limite a linha que separa o seu desejo da sua verdadeira percepção de que já se deu o quanto gostaria de se dar. Porque, obviamente, não estou defendendo a ideia de que você passe a vida inteira se doando para alguém que não tem espaço para te receber. No momento em que sentir que atingiu seu limite, aja com amor-próprio e recolha-se, para se dar a chance de compartilhar o seu amor com alguém que tem espaço para isso.

Enfim, minha sugestão é que paremos, de uma vez por todas, de justificar nossas atitudes (ou não-atitudes) a partir do outro. Que possamos assumir, pelo menos para nós mesmos e se for o caso, que temos medo de sofrer e, por isso, preferimos não nos expor, não pedir, não demonstrar, não expressar e, tantas vezes, não amar...

Porque quando conseguirmos reconhecer esse medo, certamente nos tornaremos mais dispostos e disponíveis para o amor. Teremos compreendido, finalmente, que não-sofrer é impossível. Sofrer faz parte do processo de viver, é inevitável. Mas não-amar talvez esteja sendo uma escolha ingênua e infantil, infelizmente feita por muito mais pessoas do que supomos.

A dica é: não desperdice sua energia e seu tempo evitando a dor. Não seja refém de seus medos. Apenas aceite-os e lembre-se de que cada um tem os seus; todos temos! Aproveite sua vida amando tanto quanto desejar, tanto quanto sentir... e tenha a certeza de que nunca será menos por isso. Muito pelo contrário, estará conseguindo ser o que todos nós desejamos: corajosamente amante!

:: Rosana Braga :: 

Fonte:  http://somostodosum.ig.com.br/conteudo/conteudo.asp?id=03251

Como ganhar uma discussão


Conduza o raciocínio antes de dar opinião, não confronte o oponente de maneira direta e nem pense em devolver acusações: descubra dez passos para argumentar bem.

A maioria das pessoas acredita que argumentar é “vencer” o outro, colocando por terra suas ideias e opiniões. Mas este é um grande engano.
Segundo o professor de linguística Antônio Suárez Abreu, autor do livro “A Arte de Argumentar – Gerenciando Razão e Emoção” (Ateliê Editorial, 2008), saber argumentar é, em primeiro lugar, aprender a integrar-se ao universo do outro. “É preciso fazer com que o outro tenha condições de ver o objeto da disputa de um ponto de vista diferente daquele a que está acostumado e, ao final, tenha o desejo mudá-lo, concordando com quem argumenta”, explica.
Portanto, em uma discussão, está terminantemente proibido querer impor o seu ponto de vista a qualquer custo. Aquele que logo de cara diz “eu não concordo com você” provavelmente não vai conseguir convencer ninguém. Sendo assim, mostrar consideração pelo que o outro pensa ou sente é o melhor caminho. “Quando nosso interlocutor acredita que pensamos de maneira igual, fica mais fácil ele concordar com as teses que estamos defendendo”, afirma Ana Lúcia Tinoco Cabral, pesquisadora da área de linguística e autora do livro “A Força das Palavras – Dizer e Argumentar” (Editora Contexto, 2010).
Veja dez pontos para argumentar melhor em qualquer discussão ou negociação.
1. Não bata de frente
Em primeiro lugar, é importante aprender a ouvir, para detectar o que o outro pensa sobre um determinado assunto. “Ninguém consegue convencer o outro batendo de frente com seus valores ou modelos mentais. É sempre importante, antes de propor um argumento, conseguir abrir uma brecha nesses modelos”, ensina o professor Antônio Suárez Abreu.
2. Foque no que o outro tem a ganhar
Depois que você ouviu atentamente a exposição do outro, coloque o foco da sua fala no que o interlocutor tem a ganhar, e não naquilo que é objeto imediato do seu desejo. Foi assim que o analista de logística Rafael Dalecio Luiz conseguiu uma vaga em uma multinacional automobilística para a qual prestava serviço. “Eu era de uma empresa terceirizada e tinha sido transferido de São Paulo para Curitiba há um ano. Quando vi que havia vagas no cliente, percebi que era uma chance de voltar. Então, resolvi me oferecer ao cargo”, diz.
Mas quando procurou o responsável pelo processo seletivo, Rafael embasou os argumentos naquilo que a companhia teria a ganhar com a sua contratação, em vez de simplesmente dizer que gostaria de retornar à cidade natal. “Mostrei que a empresa economizaria, pois não precisaria arcar com custos de transferência, e também apresentei os resultados da minha performance na área com números, que deixam a informação mais crível”, conta ele, que conseguiu a vaga.
3. Use os argumentos certos
Para “vencer” uma discussão, também é preciso escolher os argumentos de maneira apropriada e conduzi-los de forma lógica. De acordo com o professor de oratória Reinaldo Polito, o mais adequado é embasar sua fala em exemplos, comparações, estatísticas, pesquisas, estudos técnicos e científicos, teses e testemunhos. Desta forma, é essencial manter-se sempre bem informado sobre o que acontece à sua volta. Quando necessário, vasculhe dados que possam ser úteis para um argumento consistente.
4. Foque nas ideias principais
Um erro bastante comum no processo de “convencer” o outro é usar muitos argumentos ao mesmo tempo. Isso pode confundir a pessoa e enfraquecer o poder de persuasão. Por isso, o melhor é eleger as ideias mais consistentes e focar apenas nelas. No entanto, evite ficar repetindo o mesmo discurso a todo momento, para que a alegação não perca a força.
5. Não apresente sua opinião de cara
Uma técnica que costuma funcionar bem é não apresentar a sua opinião logo de cara. O bom orador, aquele que argumenta de forma eficaz, conduz o raciocínio para depois apresentar a tese. Daí, se o outro concordou com o pensamento todo fica mais fácil, e até inevitável, aceitar a ideia.
Nestes casos, uma boa dica é usar argumentos dedutivos, ou seja, aqueles que partem do geral para o particular. Por exemplo: Todos os habitantes da ilha são alfabetizados (informação de conhecimento geral). Alberto é um habitante da ilha. Logo, Alberto é alfabetizado (dado de caráter particular).

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"Sobrepor" um ponto de vista é uma maneira eficiente de convencer seu interlocutor

6. Mude a importância dos valores
No livro “A Arte de Argumentar – Gerenciando Razão e Emoção”, Antônio Suárez Abreu mostra a re-hierquização de valores como um bom método para argumentar. “Você não destrói um valor do outro, apenas põe um outro acima, em termos de hierarquia”, diz. Na verdade, é uma espécie de drible. Um exemplo disso é o que fez Monteiro Lobato em seus livros infantis. Em sua época, por volta de 1920, o “modelo do pai rigoroso” imperava. Em vez de combatê-lo, o autor colocou as crianças em férias no Sítio do Picapau Amarelo, um lugar em que o pai foi substituído por uma avó carinhosa, Dona Benta, que podia ensinar sem punir.
7. Fuja da retorsão
Nao abuse da chamada retorsão, o ato de mostrar que o interlocutor pratica ações contrárias às que defende. É o caso de alguém que, confrontado por chegar atrasado, diz algo como: “Mas, você, no mês passado, também chegou atrasado três vezes”. Este argumento é o mais usado nas chamadas DRs, as temidas “discussões de relacionamento” . E é por isso que um casal raramente chega a um consenso.
8. Transmita credibilidade
De acordo com o professor de oratória Reinaldo Polito, o melhor de todos os argumentos é a credibilidade do orador. Assim, a alegação só terá o efeito desejado se existir coerência entre o discurso e a atitude de quem fala. “Por melhores que sejam as palavras, se não encontrarem respaldo no comportamento do orador, não terão crédito e não serão suficientes para convencer”, diz.
9. Fale com domínio e entusiasmo
Outro ponto importante para passar credibilidade no argumento é ser natural, espontâneo e, principalmente, demonstrar conhecimento sobre o assunto que se expõe. Também é essencial transmitir emoção. “A força da argumentação também depende da maneira como ela é exposta. Se a pessoa falar sem motivação, sem energia, sua causa poderá parecer inconsistente”, analisa o professor Reinaldo Polito.
10. Trate o outro com educação e gentileza
Seja qual for o debate, é importante sempre tratar o outro com educação e gentileza. Sem isso, nada funciona. “Por favor”, “entendo seu ponto de vista” e “obrigado por expor tão claramente aquilo que pensa” são maneiras de se mostrar comprometido com a imagem do outro.

Fonte:  http://delas.ig.com.br/comportamento/2013-03-13/como-ganhar-uma-discussao.html