Sempre senti um vazio inexplicável nestas datas... vontade de chorar..
angústia, nunca entendi os motivos disso, mas estar ali com tanta gente comemorando, se abraçando,
sorrindo, não fazia nenhum sentido pra mim, sempre me senti perdida em meio a
isso, não fazia sentido comemorar nada, não tinha como fingir que tudo estava
bem.. aliás nem sei fazer isso.
Acho que esta matéria explica um
pouco isso e me senti até aliviada em não ser a única que sente dessa forma.
Compartilho com vocês o texto
abaixo:
Em meio às tantas alegrias que
vemos nas Festas, sabemos que muitas pessoas acabam enfrentando alguns momentos
de depressão assim que percebem os primeiros enfeites natalinos nas ruas; que
lhes lembram que o Natal e o Reveillon vêm chegando.
Algumas relembram entes queridos
que estiveram com elas no ano passado e não estão mais aqui, outras pensam em
gente presente em natais mais distantes e que também se foram. Há ainda aquelas
que rememoram alegres Natais passados que hoje não têm mais ou, ao contrário,
Natais tristes que gostariam de esquecer.
Sentem-se tristes também, os que
não conseguiram o que prometeram a si próprios para 2012, os que sofreram muito
neste ano, os que perderam amigos e amores, os que estão longe de casa para
estudar ou trabalhar.
Todos esses e outros casos, são
muito comuns na nossa sociedade e acontecem em todos os anos com muita gente. A
tristeza, sem exageros, é normal.
Lembro a todos que, estar um
pouco triste de vez em quando, é normal, faz parte da natureza humana. Ainda
mais em datas marcantes, que nos mostram que mais um ano já passou e nos cobram
atitudes e reações para as quais nem sempre estamos preparados. Mas não devemos
deixar essas tristezas anularem o que as Festas têm de bom, como a
confraternização, os reencontros, as vitórias conquistadas e, afinal, mais um
ano de vida.
Convenhamos: a saudade sempre nos
remete a algo bom que vivemos em algum momento, pelo que devemos estar gratos
com a vida.Só sentimos falta de quem amamos, de quem nos deu carinho. Não é
todo mundo que tem isso para recordar.
Portanto, festeje o que você já
teve, já saboreou. E valorize também o que tem hoje, que é muito precioso e
pode não ser eterno. Quanto às promessas não cumpridas, perdõe-se e procure
retomar o que for viável. Os acertos da vida são feitos de tentavas; não de
arrependimentos.
Compaixão pelo próximo
Outras pessoas sentem-se tristes
por pena dos outros. Pensam naqueles que nada têm, que sofrem, que não terão
uma ceia e que não receberão abraços.
É, sem dúvida, um sentimento nobre,
de solidariedade e compaixão. Mas, sendo realista, sabemos que o mundo é assim
desde muito antes de nascermos e que não temos nas mãos o poder de mudar tudo e
já.
O melhor remédio para essa
depressão é preparar-se, já no início de 2013, para ajudar alguém, dentro de
suas possibilidades; sabendo que se, todos fizerem o que estiver ao seu
alcance, daqui a um ano veremos melhores Festas do que agora.
Há muitos meios, alguns até
surpreendentes. Conheci, por exemplo, um mendigo que ajudava muito uma
septuagenária solitária, indo jantar diariamente na casa dela e lhe fazendo
companhia.
Aos mais ansiosos, digo que não
precisam esperar meses ou anos para começarem a mudar a lamentável realidade
que lhes entristece nas Festas. Podem começar já. Há muito a fazer agora.
Que tal sorrir para a próxima
pessoa triste que você encontrar?
Fonte:
http://br.mulher.yahoo.com/a-tradicional-tristeza-das-festas-133952828.html