sexta-feira, 26 de abril de 2013

Mudar o mundo...


O pior adoecimento é o conformismo, pois amortece a vontade, fragiliza a luta, mata a esperança. Seguir em um namoro requentado, persistir num péssimo emprego, emudecer diante de uma injustiça são alguns sintomas da resignação.

Entendo: o mundo é vasto, a sociedade é complexa, o sistema tem a sutileza de um trator, as flores são frágeis. Há desigualdade, desorganização, corrupção e maldade. Tem canalha com auréola de santo. Tem santo de pau oco. Há puxadores de tapetes, e arrivistas que se dão bem.

Mas mesmo o sórdido, o obscuro, o nefasto não são eternos. Eles não gozam do status de deuses. Nem está escrito em parte alguma que não possam ser enfrentados. Também sei que toda gente está cansada de promessas. Está farta de pagar sonhos de revoluções.

No entanto, um mar de dificuldades não quer dizer que os horizontes foram borrados. Há uma energia de transformação dentro da coletividade: escravos se rebelam, mulheres se emancipam, gays e lésbicas se assumem, pessoas com deficiência põem cara e pernas para fora.

Dentro de cada indivíduo existe criatividade e vontade de fazer o melhor. Esse sentimento começa na infância e, muitas vezes, é sufocado na medida em que os anos passam. Um tremendo prejuízo para todos. É triste que o inquieto de ontem seja o conformista de hoje.

Tenho para mim que não queremos, e nem devemos, aceitar a injustiça como normal, o malfeito como bem-feito, o pato como ganso, a vida como destino pré-escrito. Acho que existimos para fazer alguma diferença. Não acredito que tantos recursos sejam para nada.

Por exemplo, nascemos para tornar o mundo melhor. Para isso não é preciso pegar em armas, assaltar o poder, discursar para as massas, converter pessoas. Ninguém precisa ser um herói, um comandante, ou um chato, para transformar as coisas.

Basta que cada um, dentro da sua circunstância, encontre seu jeito de mudar o mundo. Fazendo trabalho de formiguinha, agindo no varejo. Pondo fé na sua própria importância. Um bom pedreiro faz mais bem ao mundo do que um médico ruim.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Como lidar com o complexo de inferioridade


Pessoas pessimistas e com baixa autoestimageralmente se sentem inferiores aos outros e sofrem muito com pensamentos negativos.  Isso pode acarretar em problemas psicológicos mais graves, como o complexo de inferioridade. Segundo a mestre em psicologia clínica e doutora em ciências sociais Jurema Teixeira, esse complexo é um conjunto de sentimentos e percepções negativas que uma pessoa tem de si mesma.
Para identificar se você tem esse complexo, veja as dicas da psicóloga e saiba como lidar com esse problema.
Por que isso acontece?
De acordo com a especialista, a pessoa com complexo de inferioridade acredita que é ruim em todas as áreas e sempre se compara com os outros.  “O motivo é individual, mas podemos pensar, a partir da psicanálise, que as causas estão na infância. Algo aconteceu ou constitui relações com as principais pessoas da sua vida, que sempre espelharam de forma negativa para esta pessoa”.
Como identificar?
É muito fácil perceber se a pessoa apresenta características de quem tem complexo de inferioridade. A psicóloga lista as principais:
- A pessoa não acredita em si mesma e sente-se incapaz;
- Acredita que nada vai mudar;
- Vê sempre o lado sombrio da vida;
- Apresenta uma percepção negativa sobre qualquer coisa;
- Acha que não vai dar conta da vida.
Tratamento
Jurema afirma que a ajuda de um psicólogo é imprescindível: “As pessoas  devem procurar ajuda especializada com psicólogos. Ao fazer uma psicoterapia ou uma análise com profissional competente, o indivíduo consegue entender a causa do problema e, gradativamente, vai mudando”.
No entanto, não é somente o psicólogo que deve fazer sua parte. A pessoa que sofre com baixa autoestima deve se esforçar e tentar ao máximo reavaliar suas atitudes e visões de mundo. “Além da psicoterapia, a pessoa pode confrontar a sua percepção com aquilo que os outros , ao redor, acham dela. Dessa forma, ela pode se  surpreender positivamente”, completa a especialista.
O importante é olhar para si e valorizar seus pontos fortes e qualidades. Lembre-se que alguns problemas são passageiros e para quase tudo na vida há solução. Uma boa alternativa é conversar com pessoas próximas e queridas – a ajuda de amigos e familiares é fundamental!

 Consultoria: Prof. Dr. Jurema Teixeira – mestre em psicologia clínica e doutora em Ciências Sociais e coordenadora do curso de psicologia da UNIBAN- Osasco

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Continuar uma relação por pena faz mal para você e seu par


A advogada mineira Juliana*, de 28 anos, namorava um colega de faculdade há três anos quando percebeu que a paixão havia acabado. A vontade de curtir com as amigas era cada vez maior e o grude do namorado, antes bem-vindo, passou a ser sufocante. "Parecia que a gente era um só: ele usava o meu e-mail para mandar e receber os artigos que precisava e ainda ia para a minha casa no fim de semana para estudar porque, lógico, estava tudo salvo no meu computador". Ela estava decidida a terminar, mas havia um problema. 

O namorado estava prestes a enfrentar uma banca difícil para a apresentação do trabalho final da graduação. "Ele estava quase surtando de medo", conta a advogada. "E, como os arquivos dele estavam salvos na minha máquina, essa parte prática também me assustava: como é que eu ia deixar o menino sem namorada, sem e-mail e sem computador?", perguntava-se. Juliana resolveu segurar a onda. "Monografia apresentada, achei que seria mais fácil, que ele perceberia que o namoro era morno", diz. Mas isso não aconteceu. Depois da formatura vieram uma prova de mestrado, duas trocas de emprego... "E eu esperando o momento certo", conta Juliana. Até que, após dez meses de adiamento, ela terminou tudo quando faltavam três semanas para ele fazer a segunda prova de mestrado –na primeira, ele não havia passado. Pode parecer cruel, mas a atitude de Juliana é, em muitos casos, a mais aconselhada pelos especialistas. 

"Em um relacionamento por pena, você fica sem vontade e não oferece ao outro o carinho que ele merece. O resultado a médio prazo é mais dolorido", afirma Ailton Amélio, psicólogo da USP e autor de um blog sobre relacionamentos no UOL.

O psicólogo da PUC-SP Antônio Carlos Pereira lembra que a dor é tão parte do namoro quanto o prazer. Para ele, tudo bem esperar o momento crítico passar e adiar um pouco um término. Um pouco. "A pessoa pode até pensar: "não vou estragar a festa'. Mas depois da festa tem que falar", diz. Ele ressalta que, para fazer o outro feliz, é preciso pensar também na própria satisfação. "Se o namoro não está bom, é ruim para você e para o parceiro".    Para dar certo no final   É natural não querer fazer mal a alguém de quem se gosta –a paixão acabou mas aquela pessoa não deixa de ser querida ou não merece consideração. "Um mínimo de respeito, compaixão e preocupação é importante. Afinal, aquela relação durou até ali", diz Rosa Macedo, psicóloga da PUC-SP. 

A questão é encontrar a melhor maneira de terminar um relacionamento que se mantém por dó ou por simples cuidado com quem você já amou. A estudante de direito Laura*, de 22 anos, precisou viajar para conseguir terminar com um colega que namorava há um ano e dois meses. Ela arrastou o relacionamento por sete meses, porque sempre que tentava se afastar,  o "ex" entrava em desespero. "Em uma das vezes, ele ameaçou se jogar do carro. Na outra, começou a bater a cabeça na parede", conta. Quando precisou ficar duas semanas afastada e praticamente incomunicável, a estudante tomou coragem. O namorado chorou muito, mas finalmente procurou ajuda psicológica. Hoje, os dois estão em outros relacionamentos.   "Adiar nem sempre é bom para o parceiro. Muita gente não termina e acaba empatando a vida da outra pessoa", diz Ailton Amélio. 

"Em algumas situações, há um pouco de manipulação do parceiro", afirma Antônio Carlos. "Que relacionamento é esse que o namorado ameaça suicídio em caso de rompimento?", questiona. Para Ailton Amélio, o drama do término também pode ser um pouco de fantasia de quem quer por um ponto final na relação. "As pessoas exageram no que se imagina que vai ser o sofrimento do outro", diz.   Às vezes, é bom esperar   Para aqueles que se deparam com o sofrimento do parceiro pela perda de um ente querido, por exemplo, é recomendável esperar. "É preciso dar um tempo antes do rompimento, para a pessoa digerir um pouco o que aconteceu", diz Antônio Carlos. O cuidado aqui é não deixar esse período se estender demais. Após alguns meses, a pessoa já estará pronta para lidar com o término. "Só que tem que ser feito de forma pensada, não pode ser impulsivo", diz o psicólogo.   

De acordo com ele, o momento certo é quando o parceiro se mostra capaz de conversar sobre outros assuntos que não aquela perda. "Vai ser dolorido? Sem dúvida. Mas é melhor ser sincero do que alimentar uma ilusão", afirma Antônio Carlos. "O outro sobrevive, às vezes, até melhor. O sofrimento faz parte do aprendizado", completa.   

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Você é linda, mesmo que os padrões digam o contrário


Você é linda! Essa é uma frase que deveria estar escrita no topo dos espelhos de todas as mulheres do mundo. Porque você é, realmente, linda. É claro que você não é igual a atriz da novela, mas, pensando bem, por que seria?

Sua perfeição não é a perfeição do outro. Pequenas rugas, fios de cabelo brancos, um nariz imponente. Tudo isso faz parte de quem somos. Sinais de envelhecimento são marcas da vida que você levou. E características fora do padrão são marcas de quem você é.
Ter vontade de mudar algumas coisas em nós mesmas é normal, mas para tudo há limites. Temos que pegar mais leve com nossos supostos defeitos, deixar de nos incomodarmos tanto com aquilo que gostaríamos de ser diferente e valorizar os pontos positivos.
Não é fácil ter orgulho de quem se é fisicamente. Nem as mulheres mais incríveis do mundo – aquelas que são quase unânimes na opinião popular – sentem-se lindas todos os dias. Mas deveriam. Precisamos aprender a nos amar.

E quando você se sente mais bonita, quando releva seus defeitos e entende, de verdade, que não existe Photoshop para a vida real, você emana isso. E é aí que está a beleza. Ela está em um olhar, em um gesto que só você faz daquele jeito, na maneira com que você se movimenta ou até em como o que para você é um defeito cria uma harmonia incrível no seu rosto ou no seu corpo.
Vivemos em um mundo em que tudo precisa ser padronizado para fazer parte do “certo”. Mas não existe certo na beleza. A beleza depende muito mais do olhar do observador do que do objeto observado em si. Vemos beleza nas coisas que nos remetem a momentos felizes, levamos nossa bagagem cultural e nossas vivências com a gente em todos os momentos e não seria diferente nesta hora.

Cada vez que olhamos para nós mesmas e só vemos defeitos estamos minando nossas chances de nos amarmos. Somos todas diferentes – ainda bem – e temos belezas únicas. É difícil aprender a valorizar isso e não é algo que pode ser feito do dia para a noite, mas é um processo que precisa começar já.
A Dove, marca de produtos de higiene, vem trabalhando com a ideia da beleza real na campanha Retratos da Real Beleza. Normalmente eles apostam em mulheres comuns, com características bastantes distintas, para criar identificação e um sentimento de pertencimento ao maior número de mulheres possível. Mas dessa vez eles foram além.

O vídeo criado por uma divisão estrangeira da marca tem sido visto por milhares de pessoas. Grande parte delas mulheres. E grande parte acaba o vídeo chorando. Isso acontece porque ele é um grande espelho que mostra como somos duras com nós mesmas e deixamos de valorizar tudo aquilo que deveríamos para focar em nossas características – que para nós são defeitos.
Assista, emocione-se e mude sua vida. Aceite quem você é, ame seu corpo e aumente seus conhecimentos e sua cultura todos os dias.Não é fácil, mas você consegue. Você é, realmente, linda!


Fonte:  http://br.mulher.yahoo.com/blogs/preliminares/voc%C3%AA-%C3%A9-linda-mesmo-que-os-padr%C3%B5es-digam-093517774.html

Minha vida é um livro aberto, mas só lê quem eu quiser


Que a confiança é uma das bases de qualquer relacionamento que pretende ser saudável ninguém duvida ou questiona. Eu não consigo imaginar duas pessoas construindo uma história que não seja pautada na certeza de que ambos estão sendo honestos. Ou melhor, posso até imaginar elas tentando, como um monte de gente faz todos os dias. Só não acredito que elas serão bem sucedidas. Ainda assim olho com certa desconfiança para aqueles casais que sabem absolutamente tudo um do outro. Ser honesto significa que precisamos dividir todas as histórias vividas e por viver? Eu, particularmente, penso que não.

 Não sei vocês, mas existem alguns detalhes da minha vida que eu preferiria que continuassem no passado. Certos episódios dos quais eu não me envergonho, mas que tão pouco contaria para os meus netos. Histórias protagonizadas por um outro Arthur, decisões tomadas por alguém diferente de quem eu sou hoje. Situações que contribuíram para que eu me tornasse a pessoa que me tornei. Mas que em sua grande maioria nada tem a ver com quem faz parte da minha vida hoje. Diante desse fato, não consigo perceber qual a utilidade de dividir certas informações com meu parceiro.

Coisas como o número de pessoas com quem eu transei, os porres que eu tomei ou as maluquices que eu fiz quando mais jovem certamente não contribuirão em nada para a construção de um relacionamento mais sólido, porque são coisas que ficaram no meu passado. Percebam que eu disse meu passado. Não nosso. Porque eu me refiro às coisas feitas antes de o relacionamento começar e que dizem respeito a mim e a ninguém mais.

Os partidários da junção absoluta de dois indivíduos que me desculpem, mas relação simbiótica só dá certo entre fungo e casca de árvore. É preciso garantir espaço para que as duas pessoas que compõem o casal consigam existir de forma plena, sob o risco de morrermos sufocados uns pelos outros. Reservar uma parte da minha vida só para mim não é mentir nem ser individualista. É manter claro onde termina uma pessoa e onde começa outra. Sem falar que namorado não é terapeuta nem melhor amigo. As duas últimas figuras existem, justamente, para que a gente tenha com quem falar de coisas que não quer comentar com a primeira.

Amiga, crescemos assistindo desenhos da Disney e vendo novelas da Globo. Então, é natural que a gente busque um relacionamento onde os dois indivíduos se encaixam tão perfeitamente que chegam a completar as frases um do outro. É dessa fantasia de encontro entre duas pessoas destinadas a ficarem juntas que vem a ideia de que você e o candidato a príncipe têm que ser um só. Precisa dizer que esse tipo de coisa não funciona na vida real? Acho que não, né?

Você tem todas as chances do universo de encontrar um cara incrível e viver feliz para sempre ao lado dele. Estamos todos de dedos cruzados torcendo para que isso aconteça. Relaxa, não dividir cada lembrança do seu passado ou cada impressão e pensamento que ocorra a você no presente não invalida esse projeto e nem te transforma em uma bruxa mentirosa. A essa altura do campeonato, o cara já deveria ter aprendido que uma certa dose de independência faz bem para todo mundo. Se ele ainda não sabe disso, teve a sorte de encontrar você, uma mulher inteligente que vai ter o maior prazer do mundo em ensinar a ele com todo amor e carinho essa lição tão importante.

Fonte:  http://br.mulher.yahoo.com/blogs/amigo-gay/minha-vida-%C3%A9-um-livro-aberto-mas-s%C3%B3-181619013.html

Homens também sofrem com a crise dos 40


Longe de ser apenas mais um aniversário, a chegada dos 40 anos, para alguns homens, é considerada um marco. A fase normalmente dá ensejo a uma avaliação da vida pessoal. E, dependendo do resultado desse olhar sobre a trajetória feita até ali, desconfortos, mágoas e uma tristeza podem surgir. É a crise dos 40.
"Aceitar a aproximação da velhice, enxergar a finitude do ser ou simplesmente analisar a vida que se leva, comparando-a com a que se idealizava ter aos 20 anos, podem servir como um estopim para essa crise", afirma Marcelo Quirino, psicólogo pela UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro).

A percepção de que o corpo já não tem o mesmo vigor da juventude assusta. Nessa fase, é comum haver um discreto aumento nos problemas de saúde, bem como mudanças no que diz respeito ao desejo e ao desempenho sexual, aspectos que mexem diretamente com a autoestima masculina.

"É também nesse período que muitos homens observam o envelhecimento dos próprios pais, têm de lhes prestar cuidados e, assim, percebem, de forma crua, que o ser humano é finito. A crise da meia-idade é, sobretudo, existencial, porque o homem toma clara consciência de que tem menos tempo para viver", explica Reginaldo do Carmo Aguiar, psicólogo clínico comportamental pela UFU (Universidade Federal de Uberlândia, em Minas Gerais).

Outro fator importante é a relativa distância que se toma dos filhos. É nessa fase que eles geralmente começam a deixar o lar, o que pode provocar uma sensação de vazio, conduzindo mesmo os casais que se dão bem a uma readequação da relação. Nos casais que já estão com problemas, então, a situação pode se tornar ainda mais incômoda, aumentando a insatisfação masculina.

Por fim, pesa sobre os homens mais maduros o preconceito social, já que a nossa sociedade tende a valorizar a juventude em detrimento da experiência. Um exemplo clássico é a dificuldade que encontram nessa faixa etária para conseguir emprego, embora muitos tenham mais conhecimento do que a maioria dos jovens. Em boa parte dos casos, o preconceito parte, ainda, do próprio homem, que enxerga somente as características negativas da velhice, sem olhar para as conquistas que já fez graças à passagem do tempo.

Sinais claros

Para descobrir se está passando pelo problema, é importante ficar atento a alguns sinais. Sentir uma certa insegurança por conta do avanço da idade e dos novos desafios que estão atrelados a esse novo momento é até normal. No entanto, limitar a sua atuação em qualquer dimensão da vida, seja social, sexual, acadêmica ou profissional, por sentir-se velho, frágil ou inferior, já é algo que merece ser olhado com mais cuidado, de preferência com a ajuda de um psicólogo.

"Esses comportamentos podem indicar o início de uma depressão. Evitar sair de casa, recusar convites para reuniões de amigos ou notar uma queda no desempenho profissional são indicativos de que se está atravessando uma crise e que vale a pena pedir ajuda", diz o psicólogo Marcelo Quirino.

Também é comum que, na tentativa de se manterem jovens, alguns homens adotem atitudes compensatórias, buscando resgatar o que supostamente foi perdido com a chegada da maturidade. Isso pode levá-los, por exemplo, a mudar o estilo de se vestir, com o intuito de parecerem mais jovens do que realmente são e, assim, serem aceitos socialmente. Trocar a mulher por namoradas mais novas ou frequentar locais onde normalmente os mais jovens se reúnem são outras estratégias comumente adotadas, sem que a pessoa tenha muita consciência de suas motivações reais para as mudanças que está fazendo em sua vida.

"Em geral, ao se relacionar com pessoas mais novas, muitos homens passam a se sentir também mais jovens e fogem do modelo de comportamento das pessoas ditas senis, negando, de certa forma, seu processo natural de envelhecimento", diz Quirino.

Atitudes como essas, se ocorrem de forma isolada e não prejudicam a qualidade de vida do homem, não devem ser consideradas preocupantes. "O problema está no exagero, quando existe uma tentativa desesperada de viver fora da realidade, de interromper de maneira infrutífera e fantasiosa o fluxo natural da existência, utilizando-se, para isso, de todos os recursos disponíveis", alerta Walter Cautella Junior, psicoterapeuta pela USP (Universidade de São Paulo).

Oportunidade de crescimento

Para superar essa passagem natural da vida de maneira tranquila, o psicólogo clínico Claudio Paixão Anastácio de Paula, professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), afirma que é importante respeitar os próprios limites. Não se precipitar nem fugir à realidade, mas viver cada momento de acordo com as suas possibilidades, tirando o máximo proveito das situações e valorizando a experiência adquirida até ali.

"Se o processo natural de envelhecimento nos tira algo, ele também nos traz novos recursos, elementos que nos ajudam a viver melhor com o que temos, e que só vêm com a experiência e a maturidade. O importante é saber reconhecer isso, mesmo vivendo em uma sociedade que supervaloriza a juventude".

Em outras palavras, o que o especialista quer dizer é que todos os ciclos da vida trazem vantagens e desvantagens, o que não significa que a velhice implique necessariamente em um declínio. É só uma forma de olhar.

Fonte:  http://mulher.uol.com.br/comportamento/noticias/redacao/2013/04/18/homens-tambem-sofrem-com-a-crise-dos-40-reconheca-os-sinais.htm

segunda-feira, 1 de abril de 2013

8 maneiras de desmascarar uma mentira



Uma pessoa conta, em geral, três mentiras a cada dez minutos. É o que afirma o estudo realizado por Robert Feldman, professor de psicologia da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, e autor do livro "Quem é o mentiroso da sua vida?". A pesquisa indica que recorrer a inverdades é questão de hábito e uma forma de manter o bom convívio social.

O especialista em segurança eletrônica e autor do livro "Mentira - um rosto de muitas faces", Wanderson Castilho, reforça o coro. Segundo ele, é praticamente impossível um ser humano viver em sociedade sem usar a ferramenta da mentira em algum momento da vida.
"Quem diz que nunca mente está mentindo. Há muitos motivos para mentirmos, entre eles quando somos movidos pela vergonha ou pelo orgulho. Em outros casos, é provável que mintamos para atenuar o impacto que a verdade teria. Ou seja, mentimos para evitar magoar pessoas com quem nos importamos, ou para evitar situações embaraçosas", explica o profissional, que foi o primeiro brasileiro certificado pelo Instituto de Treinamento em Análise de Comportamento (Behaviour Analysis Training Institute - BATI), em San Diego, EUA.

Tipos de mentira

Em seu livro, Wanderson Castilho afirma que nos relacionamentos amorosos as pessoas mentem mais quando há preocupação e desconfiança em excesso por parte do outro. Para ele, a insegurança gera desconforto e dificuldade em revelar a verdade. A obra ainda aponta que flertes e atração por outras pessoas, contatos e amizades, nível de comprometimento, fantasias sexuais, traição, satisfação sexual e aparência também são assuntos que o casal costuma esconder do parceiro.
Já no ambiente de trabalho, o especialista aponta que as mentiras mais comuns são relacionadas a atrasos, trabalhos não realizados ou aptidões exageradas.

"Realizei cerca de duzentas entrevistas com diversos tipos de pessoas, e a partir daí estabeleci perfis e comportamentos típicos de mentirosos. A conclusão foi que homens e mulheres mentem na mesma proporção. Enquanto as mulheres tendem a mentir fazendo referência a acidentes ou fatos tristes de suas vidas, os homens costumam contar vantagens. Muitos aumentam ou inventam feitos profissionais, pessoais e sexuais", avalia o especialista.

Há quem acredite que algumas mentiras são necessárias para manter o convívio social. Em alguns casos, recorrer a dissimulações pode ser considerado sinal de educação, já que muitas vezes a verdade nua e crua tende a ser interpretada como grosseria. Inclusive existe um termo para quando a realidade é deturpada sem malícia, são as "mentiras brancas".

Para Wanderson, a mentira é, para a mente humana, uma grande arma de preservação social. "Do ponto de vista psicológico, a mentira é um ato instintivo de preservação, tal qual a dor ou a febre são do ponto de vista fisiológico. Sem ela a sociedade entraria em colapso. Imagine um marido que tem muitos amigos e habitualmente toma as decisões sobre como usar o tempo livre. Se a mulher não quiser acompanhá-lo poderá recorrer a uma desculpa qualquer, como trabalhar até mais tarde, para se livrar do compromisso, sem magoar quem ama", exemplifica.

A mentira é aprendida na infância

As técnicas de dissimulação geralmente são aprendidas pelas crianças desde cedo. Um exemplo é quando os pais repreendem a frustração demonstrada pelo filho ao receber um presente que não o agradou. Os responsáveis costumam obrigar o pequeno a agradecer, quando notam algum desapontamento na criança. E isso pode ser considerado uma forma de estimular a mentira social.
"Nada justifica uma mentira, seja qual for a sua intenção. E as crianças precisam ser ensinadas a sempre a dizer verdade. Este aprendizado acontece progressivamente ao longo da infância e os pais são os principais mestres. Os filhos se espelham muito mais em suas atitudes do que em suas palavras. Pais que usam sempre da verdade, que assumem a responsabilidade por aquilo que fazem e dizem, criam filhos responsáveis e éticos. Só se ensina aquilo que se é", aconselha Wanderson.

Reconheça uma mentira

De acordo com o especialista em segurança eletrônica, poucas pessoas estão preparadas para identificar um mentiroso no dia-a-dia. É preciso treinamento e prática para melhorar a capacidade de "ler" os sinais da mentira. O profissional ensina que para reconhecer uma dissimulação da verdade é preciso entender o comportamento padrão da pessoa, prestar atenção no que ela diz, nos pequenos movimentos do rosto (micro expressões faciais), no corpo e nas variações do tom da voz.
"Nosso cérebro não aceita a negação. Quando a pessoa mente, está negando a verdade, e alguma parte da sua expressão facial ou do corpo vai denunciá-la. Aspectos como frequência do piscar de olhos, uso das sobrancelhas para dar ênfase a alguma parte da conversa, posição das mãos e das pernas, rigidez do ombro, e aspecto da testa e da boca são alguns exemplos de atitudes que podem denunciar a mentira", ensina o especialista.

Para ajudar você a identificar um mentiroso, Wanderson Castilho listou abaixo 8 dicas simples de observação. Confira:

Lábios: morder ou lamber os lábios pode ser um forte indício de mentira.
Voz: quem mente fica com as cordas vocais mais esticadas que o normal, deixando a voz mais fina e fraca. Para compensar, a pessoa tenta falar mais alto.

Olhar: o mentiroso desvia o olhar enquanto conta a sua mentira e depois passa a olhar atentamente, querendo observar se conseguiu enganar.

Secura: em função de uma reação da adrenalina, o mentiroso fica com a garganta e boca secas, sendo comum se engasgar ou engolir seco.

Encobrir parcialmente a boca: traduz uma vontade de amordaçar-se. Tende a ser um gesto rápido, porque exprime um conflito: uma parte do mentiroso não quer calar-se - e sim continuar com a sua mentira.

Tocar o nariz: em momentos de tensão a sensibilidade da mucosa nasal aumenta. Assim, ao mentir, o nariz coça, embora possa ser uma sensação tão suave que mal se perceba.

Ombro: erguer levemente um dos ombros.

Expressão facial falseada: quando somos genuínos, usamos os músculos faciais certos para expressar uma emoção. Num sorriso moderado e falso, não aparecem os pés de galinha, as bochechas não são levantadas e os olhos ficam menos apertados. Num sorriso real, mais músculos são utilizados e a pálpebra superior dobra-se um pouco sobre os olhos.

Se ainda assim não conseguiu identificar uma mentira, experimente fazer o contrário: estimule o interlocutor a falar a verdade. A dica é estabelecer proximidade na conversa. Segundo Wanderson, quanto mais próximo você estiver fisicamente, mais dificuldade a pessoa tem/astrologia/artigo.aspx?cp-documentid=33079446rá de mentir.

Fonte:  http://entretenimento.br.msn.com